Enquanto de um lado as cobranças pela conclusão de obras e repasses para as prefeituras aconteçam por parte do governo estadual, de outro a classe médica volta a manifestar preocupação com algumas decisões do governo.
Vereador e médico, Tirso Hümmelgen (DEM) alerta para algumas questões que não estão sendo tratadas no momento, mas que podem fazer a diferença no atendimento aos pacientes da cidade. Segundo ele, alguns repasses feitos pelo governo estadual estão prejudicados e acabam refletindo no sistema de atendimento.
Para o vereador o setor da saúde está passando por muitas outras dificuldades que aquelas que chegam à população. “Talvez em nossa região não seja tão grave por conta dos investimentos das prefeituras, mas a situação é delicada. Hoje as emergências dos hospitais estão muito lotadas por não haver um número de consultas à altura nas unidades de saúde dos bairros. O que preocupa é que possa haver uma retirada de verbas do estado para a manutenção das emergências. O que vem para os atendimentos de traumatologia, a gente espera que continue para que as equipes sejam mantidas atendendo as demandas. Da mesma forma devemos reivindicar para a Fundação Hospitalar de Rio Negrinho que atua como retaguarda para São Bento do Sul, garantindo a liberação de leitos na UTI para que outro paciente possa utilizar”, disse.
Conforme o vereador, é comum o estado tentar a retirada dessas verbas de tempos em tempos, por isso as autoridades de São Bento e região devem ficar atentos para impedir que isso aconteça. “Nosso Hospital realiza de 8 à 10 mil consultas mês, o que é bastante para a nossa realidade. Temos cobrado da secretaria municipal mais investimentos em profissionais para atendimento nas unidades de saúde, se houver mais estrutura a situação vai melhorar. Há algum tempo foi devolvida a verba da UPA – Unidade de Pronto Atendimento, que poderia ter ajudado no atendimento. Existe um projeto para retomar essa situação, mas vai demorar, pois precisaremos de espaço físico. O que nós queremos é que haja empenho de todas as partes, tanto do poder público municipal quanto dos repasses do estado”, opina.
O vereador encerra informando que existe um incremento de 10 à 15% anualmente no atendimento de emergências no Hospital, por isso não se pode deixar de dar sequência aos projetos importantes como da UPA a fim de evitar prejuízos para a população. “Temos que unir esforços para que os projetos aconteçam o que não podemos é permitir que aquilo que nos é repassado volte para o estado ou seja suspenso”, encerra.
