O prefeito Rubens Blaszkowski (DEM) confirma para o próximo mês a saída do secretário de Desenvolvimento Econômico e Agricultura Edilson Pruchneski (PP). Rubens diz que a intenção é fazer com que o secretário, que foi eleito vereador em 2012, passe a atuar na Câmara para ser o líder de governo e assim dar mais força aos argumentos em defesa dos projetos encaminhados pela Prefeitura.
Conforme Rubens, muitos projetos ainda serão encaminhados para a Câmara e, nos últimos tempos, o governo não tem conseguido uma defesa mais contundente. “O Edilson tem experiência e decisão nas palavras. Ele pode fazer um trabalho muito bom como líder de governo”, disse o prefeito.
Na sessão de segunda-feira, Edilson esteve na Câmara, onde acompanhou a reunião e confirmou que está voltando para o Legislativo. “Eu tinha uma missão na secretaria e penso que consegui realizar aquilo que me propus. É hora de voltar ao Legislativo, para trabalhar algumas questões importantes que passam pela Câmara em nome do povo de Campo Alegre”, confirmou.
Revés
Se havia uma estratégia da Prefeitura em assumir a mesa diretora, o projeto pode ter ido por água abaixo. Na sessão de segunda-feira, deu entrada em um requerimento assinado pelos quatro vereadores do PMDB, mais as assinaturas de Raul Johanson (DEM) e Suzana Kotovicz (PMN), propondo modificar o Artigo 40 da Lei Orgânica Municipal. Assim, a Câmara voltaria a ter a possibilidade de reeleição dos cargos da mesa diretora. Como a base governista está rompida literalmente com Johanson e Suzana, eles teriam fechado com a oposição para dar sequência a um trabalho independente. Depois da sessão, não houve comentários acerca do acontecimento, mas os vereadores deixaram claro que não vão ceder às pressões. Após a reunião, os vereadores que assinaram o documento e o vereador Zezo Munhoz (PP) seguiram para uma confraternização na casa da vereadora Ana Lúcia Piski (PMDB), que ofereceu um jantar em comemoração ao seu aniversário, ocorrido em 18 de outubro.
ESTRATÉGIA
Questionado sobre a situação da coligação com o PP, que conta com Zezo Munhoz como primeiro-suplente, o prefeito disse que não está nos planos a contratação dele para o Executivo. “A política é assim, quem sabe mais pra frente ele tenha novas oportunidades na Câmara. Mas no momento não há intenção de aproveitá-lo na Prefeitura. A vaga de secretário será ocupada por alguém do DEM, isso está decidido e farei formalmente o convite para alguém que pode ser um dos três vereadores”, disse Rubens.
As notícias da mudança, que chegaram aos corredores do Legislativo, foram interpretadas como uma estratégia para garantir a presidência da Câmara com a possível candidatura de Edilson ou mesmo com um acordo com vereadores da oposição. No entanto, Edilson não confirma que tenha interesse em presidir o parlamento. “Não é esse o objetivo. Estou voltando pelas razões que já expliquei e quero fazer mais um bom trabalho em prol da comunidade”, repetiu Edilson.
