Na avaliação do presidente do PSDB de São Bento do Sul, Geraldo Weihermann, o resultado das urnas na disputa a deputado estadual não foi o esperado pelo partido. O trabalho feito no município, destaca, era para obter votação superior aos 3,5 mil votos para o candidato Clemir Spinelli. “A gente sabia da hegemonia do Sílvio (Dreveck), mas tivemos muitas abstenções e votos em branco e nulos”, argumenta.
Porém, na disputa ao governo do Estado e ao governo federal, em que os candidatos tucanos tiveram ampla vantagem na votação, Weihermann credita o sucesso a diversos fatores. Um deles foi a falta de atuação do governo estadual na cidade ao longo dos últimos quatro anos. “Mas boa parte desse desempenho foi graças à coligação com o PP e outros partidos. O Silvio (Dreveck) foi bastante fiel”, destaca, em referência aos materiais de campanha do progressista, os quais apresentavam os nomes e números de Paulo Bauer e Aécio Neves.
Ainda conforme o presidente local do PSDB, o apoio do governador Raimundo Colombo à presidente Dilma Rousseff acabou fazendo com que sua votação na cidade também diminuísse. “Aqui em São Bento, o governo foi fraco. A única obra é a da Rodovia dos Móveis e que acabou começando às vésperas das eleições, parecendo obra eleitoreira”, analisa.
Agora, o PSDB são-bentense já se prepara para a disputa do segundo turno das eleições presidenciais. Weihermann explica que os presidentes de outros partidos coligados ou que darão apoio a Aécio Neves já entraram em contato, como Márcio Dreveck, do PP, Marco Viliczinski, do PSB, entre outros. “Queremos manter essa unidade”, destaca.
O presidente tucano também já conversou com o deputado estadual reeleito Silvio Dreveck, para que ele mantenha suas placas de propaganda, para que nelas seja possível colar o novo material de campanha de Aécio Neves. Como no primeiro turno o candidato do PSDB recebeu 63% dos votos válidos em São Bento, a meta agora é ampliar esse percentual para algo em torno de 75% dos votos.
PT TRABALHA EM BUSCA DE UNIÃO
Na avaliação do presidente do PT são-bentense, Airton Anhaia, a candidatura de Maurício Maia a deputado estadual foi acertada, mesmo tendo causado algumas disputas internas. “O Maia foi o grande vitorioso. Não tinha nada e agora tem 1.900 votos em São Bento”, destaca. “Agora se tivesse sido o Arildo (Gesser), e ele tivesse uma votação fraca, colocaria em risco até mesmo a governabilidade da Prefeitura”, completa.
Mesmo não tendo sido eleito deputado, para Anhaia, o então candidato acaba sendo uma nova liderança do PT são-bentense, que surge para disputar as próximas eleições. “Só tenho que agradecer ao Maurício pela coragem e determinação. Ele foi uma semente plantada”, analisa.
Com relação às arestas a serem aparadas dentro do PT são-bentense por conta da disputa a deputado estadual, Anhaia explica que, neste caso, o tempo é o melhor remédio. Ele destaca que projeto do PT deve ficar acima de todos os interesses pessoais e, para que as ações da sigla tenham sequência, precisa-se do apoio de todos.
E, para começar a apaziguar os filiados, Anhaia destaca que hoje, às 19 horas, ocorre uma reunião contando também com a presença de lideranças de diversos setores. O objetivo é unir todos para tentar garantir na cidade votos que ajudem a presidente Dilma Rousseff a se reeleger.
Ainda sobre o resultado das eleições, para Anhaia, também foi acertada a decisão do partido concorrer ao governo do Estado com candidatura própria. Para ele, isso fortaleceu ainda mais o nome de Cláudio Vignatti em Santa Catarina e serviu como forma de mostrar para a comunidade o surgimento de uma nova liderança dentro do partido.
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