Neonazistas que agrediram banda punk são interrogados e levados para presídio

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• Atualizado 9 anos atrás.

Os quatro suspeitos de terem agredido músicos da banda punk Poluição Sonora, de Joinville, foram levados ao Presídio Regional de Mafra no final da tarde desta segunda-feira (13). A 3ª Vara Criminal do Fórum da Comarca manteve a decisão do delegado Odair Rogério Sobreira Xavier de manter o quarteto preso, pelos crimes de preconceito racial, lesão corporal grave, associação criminosa e rixa.

As agressões ocorreram por volta das 15 horas de domingo (12), quando os músicos desembarcavam de uma van em frente ao Cartola’s Bar, conhecido como Bar do Bruno, na Rua Dom Pedro II, Centro. Eles fariam uma apresentação no local a partir das 16 horas.

Depois de agredirem os músicos, os neonazistas fugiram correndo. Eles foram presos na Rua Henrique Schwarz, próximo à Apae. Os agressores foram identificados como Aquiles Gabriel Batista Ribeiro (18 anos), Jorge Gabriel Gonzales (25), Douglas de Freitas dos Passos (26) e Hoann Marcos Gomes (24). Com eles, foram apreendidos dois machadinhos, dois martelos, dois estiletes, uma faca e R$ 51,90 em moedas. Eles são moradores de Agudos do Sul, Curitiba e São Paulo.

Segundo o delegado Sobreira, todos os agressores são carecas e vestiam roupas pretas no momento do ataque. “As vítimas foram pegas de surpresa e não tiveram nenhuma chance de defesa”, explicou.

Vítimas
Foram feridos Osival Fernando da Silva, apresentando corte no lado esquerdo da face e mão direita; Ederson Fernandes Pariz, com olho direito roxo e quatro pontos na cabeça; e Diogenes Vilmar Wolff, com corte profundo da cabeça até o pescoço, no lado esquerdo. Diogenes ainda teve sua orelha quase arrancada, sofrendo corte profundo no rosto, causado por um golpe de machado. Ele ficou internado, mas já recebeu alta. “Em razão do local e intensidade dos golpes, não resta dúvida que as vítimas sofreram perigo de morte”, completou.

Motivo
Conforme o delegado, tudo se deu porque a banda que realizaria o show era do estilo punk, cujos adeptos pregam a igualdade entre todos, não fazendo qualquer discriminação em relação à minoria, como gays e negros, o que não é tolerado pelos agressores. “Ficou evidente que as agressões ocorreram por racismo e preconceito, já que dois dos presos tinham em seus corpos a cruz suástica tatuada e ostentavam com orgulho suas ideologias racistas”, explicou o delegado Sobreira.

No jornal impresso desta terça-feira (14) estão as fotos de todos os suspeitos.

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