Cuidados devem ser redobrados para combater suicídio durante pandemia

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• Atualizado 4 anos atrás.

Este mês é marcado pela campanha Setembro Amarelo, que busca conscientizar sobre a prevenção ao suicídio e propõe um diálogo aberto sobre o tema para reduzir o número de casos. Saber reconhecer os sinais de alerta, procurar auxílio profissional e adotar hábitos saudáveis pode salvar vidas. Com o isolamento social em tempos de pandemia da Covid-19, os cuidados para os riscos de suicídio devem ser redobrados.

De acordo com a médica da Dive/SC Lígia Castellon, o confinamento pode agravar problemas crônicos de saúde, entre eles, a depressão. “Estudos científicos têm demonstrado que, com o isolamento, as pessoas podem apresentar alterações no sono, distúrbios alimentares, excessos provocados pela ansiedade e pela dificuldade de praticar atividade física, piora nos problemas crônicos de saúde e uso abusivo de álcool, cigarro e outras drogas”, afirma. Lígia lembra que esses excessos podem gerar prejuízos para a saúde física e mental.

Como buscar ajuda

Para prevenir o suicídio uma das principais medidas é procurar ajuda profissional. No sistema público, a porta de entrada para o acolhimento de pessoas com algum transtorno mental são as unidades básicas de saúde. Os serviços públicos de saúde mental de Santa Catarina contam com 110 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em diversos municípios e diferentes modalidades. Nessas estruturas são atendidas pessoas que vêm em demanda espontânea, incluindo as que têm distúrbio psiquiátrico, pensamento suicida e tentativa de suicídio.

Para o secretário de Estado da Saúde, André Motta, o diálogo sobre o tema capacita o profissional da saúde e prepara a população. “O conhecimento das pessoas sobre o tema é o que muitas vezes encaminha uma pessoa com ideações suicidas para o tratamento profissional adequado. Cada vida é valiosa e por isso nós, em conjunto com outros órgãos do Estado, trabalhamos para que toda a esfera pública se sensibilize sobre o tema”, ressalta.

Outro importante aliado na prevenção do suicídio é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio emocional gratuitamente, de forma voluntária, 24 horas por dia, por telefone 188, e-mail ou chat pelo site da instituição. Em São Bento do Sul, o posto do CVV foi desativado ainda no ano passado, mas alguns voluntários continuam engajados na causa por meio do Núcleo de Apoio à Vida. Conheça o papel do Navisbs.

Além de buscar ajuda profissional, também é possível ajudar a prevenir quadros mais graves com atitudes simples, como a escuta ativa. A ferramenta consiste em oferecer um lugar em que a pessoa se sinta segura para conversar, explica a médica Lígia Castellon. “É uma escuta que realmente ouve e compreende o que o outro diz”, frisa. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que nove em cada 10 mortes por suicídio podem ser evitadas. 

“Se você perceber que a pessoa não se sente à vontade para se abrir, deixe claro que você estará disponível para conversar em outras oportunidades, ofereça suporte emocional e informe sobre a ajuda profissional. Pode ser necessário contatar serviços de saúde mental, familiares e amigos da pessoa, caso você perceba que não pode oferecer a ajuda adequada”, completa Lígia. 

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