Leitor entrou em contato com A Gazeta nesta semana para saber como está o caso das diárias da região, o qual movimentou as câmaras de vereadores no final de 2018. Passado pouco mais de um ano e meio em que a Operação Iceberg foi deflagrada pela Polícia Civil, o caso de desvios de valores das câmaras de Rio Negrinho e São Bento do Sul, através de cursos, segue sem atualizações. O inquérito policial foi concluído em setembro de 2018, indiciando 38 pessoas, entre ex-vereadores e servidores nas duas cidades.
A investigação policial mirou o uso de diárias para realização de cursos pelos parlamentares e servidores. Em Rio Negrinho foram utilizados R$ 479 mil em diárias em cursos com as três empresas investigadas. Já em São Bento o valor foi menor, R$ 46,9 mil. Porém, os valores somados e atualizados ultrapassam R$ 1,2 milhão. O período da investigação, em Rio Negrinho, foi entre 2007 a 2012 com um caso isolado em 2016.
Conforme apurado no inquérito policial, o prejuízo aos cofres públicos era de R$ 615.099,03 na época dos fatos, sem correção, sendo R$ 479,479,03 de desvios em diárias e mais R$ 135.620 em taxas de inscrição. Após andamento do processo, caso seja constatada a irregularidade pela autoridade judicial, os envolvidos poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica e peculato.
Para conclusão definitiva do inquérito, restam apenas duas diligências, que se resumem na oitiva (depoimento) de pessoas supostamente envolvidas no crime, desde palestrantes até as empresas que confeccionaram os folderes de divulgação dos cursos. Terminada esta etapa de diligências, o inquérito segue para o Ministério Público que analisará o documento, podendo oferecer ou não denúncia contra os citados.
Os indiciados
Foi indiciado quem a polícia entendeu que pode ter cometido algum ilícito. Agora, o Ministério Público vai analisar cada caso referente aos 38 nomes e se houver suspeitas alguns podem ser denunciados e virar réus, enquanto outros podem ser retirados do processo.