Ameaçado de extinção segundo a lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), o papagaio-de-peito-roxo está recebendo atenção especial em São Bento do Sul. No fim de maio, vindas de Florianópolis, 15 unidades da espécie foram deixadas em um viveiro no Recanto do Noti, no bairro Rio Vermelho Povoado, por meio de uma parceria que envolve poder público, entidades, iniciativa privada e comunidade.
Lá, as aves passaram por um período complementar de adaptação, após todo o trabalho desenvolvido na capital catarinense, no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), sob responsabilidade da Associação R3 Animal. Na tarde de quarta-feira (10), as portas do viveiro foram abertas. Tecnicamente, trata-se de uma “soltura branda”, ou seja, não há qualquer esforço humano para que os bichos deixem o compartimento – eles estão saindo por livre e espontânea vontade, ganhando o ambiente gradualmente.
Conforme José Honório Muehlmann, o “Noti”, ainda na quarta-feira quatro papagaios deixaram o viveiro e permaneceram nos arredores. Na manhã de quinta-feira (11), quando a reportagem de A Gazeta esteve no local juntamente com o diretor de Meio Ambiente de São Bento do Sul, biólogo Marcelo Hübel, mais um papagaio deixou o compartimento. Gradualmente, começou a circular na área externa e até fez algumas poses para fotos.
Com o compromisso de enviar três relatórios pós-soltura à R3 Animal, para posterior encaminhamento ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marcelo explica que as aves contam com microchips para rastreamento e anilhas de aço, para identificação. “A expectativa é que eles andem em bandos”, cita o diretor de Meio Ambiente, falando, ainda, que o grande objetivo é a reprodução da espécie.
Confira mais informações sobre a soltura no jornal impresso desta sexta-feira (12).