Nove araucárias foram cortadas nas proximidades do Açougue Michele, na Rua Carlos Tascheck, no bairro Centenário. Sabendo que a espécie é nativa e consta na Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção (aliás, “criticamente ameaçadas”, segundo a União Mundial para a Natureza – IUCN), várias pessoas entraram em contato com o jornal para fazer a denúncia.
Porém, o irmão da proprietária do terreno onde as árvores foram derrubadas informa que eles foram autorizados pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) de Santa Catarina a realizar os cortes. “Elas estavam bem próximas de muitas residências, oferecendo risco iminente para os moradores dessas casas e para a rede de energia elétrica. Temos todas as autorizações necessárias e estamos à disposição caso alguém queira conferir os papéis”, declara o empresário Nelson Tascheck.
Para obter a liberação para cortar as árvores, Nelson e sua irmã tiveram que enfrentar um longo processo e ainda plantar 350 mudas de pinheiro. De acordo com Nelson, o processo levou cerca de cinco anos para ser concluído. “Gastamos R$ 1.750 em mudas de pinheiro e tivemos que nos comprometer em plantar as árvores. Essa é uma das etapas mais difíceis do processo, pois não é fácil encontrar áreas onde se possa plantar pinheiro. A burocracia é grande, porém não existe outra maneira”, salienta.
Na edição impressa do jornal A Gazeta desta terça-feira (1), um engenheiro-agrônomo da Fatma explica como conseguir a liberação.