A criatividade do chargista do jornal A Gazeta, Ed Carlos, sempre chamou a atenção da professora pedagoga Ivanilde Kiem Dranka. E, desde então, ela coleciona todos os desenhos, desde a primeira charge publicada. São diversas imagens encadernadas e arquivadas em ordem cronológica que retratam os temas mais importantes e subversivos do país.
Apaixonada por ilustrações, Ivanilde encontrou nas charges uma forma descontraída de ficar por dentro de tudo o que acontece no município. “Gosto de saber o que está ocorrendo na cidade e os desenhos mostram, através de uma visão crítica, fatos que estão ligados ao nosso cotidiano”, explica. Ela conta que possui parentes que moram em outras cidades e, quando eles vêm visita-la, basta mostrar os cadernos de charges para ficar atualizados das notícias locais. “Por meio das charges, o leitor consegue ter domínio das informações”, garante.
Veja algumas
Colecionar charges virou um passatempo também dentro da sala de aula. Ano passado Ivanilde levou as ilustrações até os alunos do 4º ano da Escola de Educação Básica Professor Orestes Guimarães. “Procuro trabalhar vários gêneros textuais e as charges fazem parte da minha prática pedagógica”, esclarece.
De acordo com a professora, os desenhos despertaram o interesse das crianças em escrever e desenvolver a criatividade na produção, leitura e interpretação das notícias. “Mostrei minha coleção para os alunos e eles se encantaram por esse universo. Apresentei, além das charges, caricaturas, histórias em quadrinho e obras da literatura infantil ilustradas a partir desse estilo”, relata.
A turma também teve oportunidade de mostrar os conhecimentos adquiridos durante o projeto. Para isso, os alunos foram orientados a produzir charges com os mais variados temas. “Observei uma grande evolução na escrita, interpretação e, principalmente, no senso crítico”, confessa a professora.
Segundo ela, os alunos se identificaram muito com o projeto e cada um resolveu fazer a sua própria coleção. “Alguns estudantes escolheram as charges do jornal A Gazeta e as famosas tirinhas da Luluzinha para colecionar. Já outros optaram pelas notícias policiais, as piadas do dia e, ainda, colunas jornalísticas como Recordar é Viver, escrita pelo presidente da Câmara de Vereadores de São Bento do Sul, Edimar Salomon”, comenta.
Para ela, trata-se da melhor forma de ficar atento a importantes assuntos. “Os estudantes abraçaram essa ideia e realizaram trabalhos incríveis”, confessa.
