Há mais de 20 anos a Prefeitura tenta reaver um terreno que já pertenceu ao município e foi repassado para a Cidasc. O patrimônio, embora pertencente à companhia estadual, recebe manutenção constante da Prefeitura, que faz uso ainda para sediar, desde final do ano de 2014, parte da Secretaria de Agricultura, graças a um termo de cessão de uso, o qual tem cinco anos de validade.
Os últimos governos municipais têm, sem sucesso, tentado trazer o patrimônio de volta para São Bento, a fim de investir em infraestrutura e construir sedes definitivas para as secretarias de Obras e Agricultura. Até o momento, todas as tentativas não deram certo e o máximo que se conseguiu até o momento foi justamente o termo de cessão.
“Se não conseguirmos o terreno desta vez, temos que desistir não apenas de buscar o imóvel para a cidade, mas de pedir votos para os parlamentares que nos representam na capital”
Lírio Volpi, secretário da Agricultura
Para o secretário da Agricultura, Lírio Volpi, a Prefeitura precisa continuar lutando para conseguir esse terreno, e se não conseguir desta vez, não mais o fará. “Temos muitos representantes na capital. Além de todos os deputados que apoiamos aqui na cidade, contamos com um secretário (Carlos Chiodini), secretário adjunto (Daniel Lutz), líder de governo na Assembleia Legislativa (Silvio Dreveck) e ainda a parceria com o governo por meio do próprio Raimundo Colombo (PSD), que está em débito com a nossa cidade. Se não conseguirmos o terreno desta vez, temos que desistir não apenas de buscar o imóvel para a cidade, mas de pedir votos para os parlamentares que nos representam na capital”, comenta.
Para Volpi, está mais do que na hora da cidade se preparar para ter um espaço definitivo para as festas mais tradicionais, como Expoama e Festa da Colônia, e ainda poder construir algum espaço multiuso num terreno mais amplo e bem localizado. “Sabemos que esse terreno foi repassado para o Estado numa situação delicada, onde as picuinhas políticas acabaram sendo relevantes para a decisão. Mas estamos em uma outra época e tenho certeza que haverá uma solução em nosso favor”, segue.
Volpi está no aguardo do início de fevereiro, quando a situação volta praticamente toda ao normal em todas as esferas do governo do Estado, para tentar uma reunião inicial com os representantes da região a fim de encaminhar uma solução para o impasse. “Se não for dessa vez, temos que desistir mesmo”, reafirma.