O programa Remédio em Casa já atende usuários de 16 postos de saúde de São Bento do Sul, com 553 pessoas cadastradas para receber, em suas residências, os medicamentos para tratamento de hipertensão e diabete. Podem participar do programa pacientes com mais de 60 anos e os acamados de qualquer idade, portadores dessas doenças crônicas. O cadastro é feito na unidade de saúde de cada bairro, mediante apresentação de cópia da carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e receita médica. Até dezembro, o Remédio em Casa entregou 726,3 mil cápsulas e comprimidos, um investimento de R$ 36,4 mil.
Uma vez por mês, uma empresa terceirizada entrega os medicamentos. Ao todo são 29 itens disponíveis. “Diabéticos e hipertensos precisam de remédios complementares ao tratamento, também inclusos no programa”, explica a farmacêutica Leslie Lia Hermes Tschoeke, responsável pela Central de Medicamentos. No final do ano, por conta das férias coletivas da Secretaria de Saúde, os pacientes receberam remédios suficientes para dois meses, por isso a próxima entrega ocorre em fevereiro.
Investimento
Em 2014, a Secretaria Municipal de Saúde distribuiu 16,8 milhões de unidades de medicamentos, entre comprimidos, bisnagas, ampolas, cápsulas e outras formas. O investimento total ultrapassou R$ 1,5 milhão. “Só aqui na Central, fora as demais unidades de saúde, nós fornecemos remédios para 75.426 receitas”, observa Leslie. A central também realiza a entrega de remédios fornecidos pela Secretaria de Estado da Saúde. “Geralmente são remédios mais caros ou para doenças raras”, explica a farmacêutica. No ano passado, foram 627 pacientes nessas condições.
A aposentada Laura Weber, 68 anos, tem pressão alta. Moradora do bairro 25 de Julho, ela gostou da comodidade. “É menos correria pra gente. Agora só vou ao posto para consultar e conversar um pouco com o pessoal”, explica. A cada seis meses, o paciente precisa passar por uma consulta para renovar a receita. “Trinta dias antes do término de validade da receita, mandamos um aviso junto com os remédios para a pessoa lembrar de ir ao médico”, explica Leslie. Implantado no segundo semestre de 2013, o programa Remédio em Casa iniciou com projeto-piloto, na Urca.
Na Central de Medicamentos, cada paciente atendido pelo Remédio em Casa possui uma pasta com toda a documentação, comprovantes de recebimento e receitas. “Além de facilitar o acesso das pessoas à medicação, o programa também contribui para que não haja interrupções no tratamento e isso é fundamental para quem sofre dessas doenças crônicas”, afirma o prefeito Fernando Tureck.