Segunda-feira, 9 de junho de 2025

Com aumento de impostos, setor empresarial teme quanto ao futuro

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• Atualizado 10 anos atrás.

O governo federal justifica o aumento nos impostos pela necessidade de ampliar sua arrecadação. Por outro lado, as críticas não param de surgir, principalmente, daqueles que são responsáveis por garantir a emprego e renda para a população, justamente o que faz a engrenagem girar e garantir a arrecadação dos governos.

Para o governo, diante do agravamento do quadro fiscal e do descompasso entre a arrecadação e as despesas públicas, houve necessidade de medidas drásticas para turbinar o caixa do Executivo em mais de R$ 20 bilhões. Foi então anunciado um pacote que inclui o aumento de impostos.

No entanto, estas são medidas antipáticas à indústria e ao empreendedor. O Brasil terá a elevação de 9,25% para 11,75% da alíquota do PIS/Cofins para produtos importados, contando ainda com o aumento da faixa para operações de crédito (IOF) de 1,5% para 3%.

Não bastasse, foi anunciada a edição de um decreto para equiparar o atacadista ao industrial para a cobrança de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre setor de cosméticos. Sobre esse item, o governo estima impacto de R$ 381 milhões apenas com os impostos incidentes de junho, quando entra em vigor, até dezembro deste ano.

Se não houver mudança no preço dos combustíveis cobrado pela Petrobras das distribuidoras, o aumento será de R$ 0,22 para o litro da gasolina e de R$ 0,15 para o litro do óleo diesel a partir de 1º de fevereiro, o que desagrada e preocupa o contribuinte em geral.

Tais medidas estão sendo refutadas em todo o país e já se fala em estelionato eleitoral praticado pelo Partido dos Trabalhadores. Em São Bento do Sul, onde a cadeia produtiva cresce a cada ano, se recuperando de uma grave crise que se estendeu por mais de cinco anos, a preocupação é generalizada. A Gazeta ouviu o presidente da Associação Empresarial, Osmar Mühlbauer, que falou sobre as preocupações e analisou o momento econômico.

ENTREVISTA

Teria outra solução para amenizar a crise financeira do governo federal sem aumentar ou criar impostos?
Sim, pois há outros aspectos ligados a tudo isso. O custo da máquina pública é muito alto, além de nos depararmos com a corrupção, que desvia recursos financeiros que poderiam ser investidos em diversas melhorias para a comunidade. Porém, esta crise financeira não está acontecendo somente agora, os indicadores já apontavam que não estávamos bem economicamente, porém medidas não foram tomadas.

Destes aumentos anunciados, o que mais preocupa?
Nos preocupa todas estas medidas que tenham que acarretar no aumento de impostos. Os impactos principais para a classe empresarial ao meu ver é o PIS, a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis. Esta alta da gasolina e do diesel gera todo um transtorno para a cadeia produtiva, pois nos tornam menos competitivos tanto nacional quanto internacionalmente, pois os custos ficarão elevados.

Qual o impacto dessas medidas para a indústria?
Elevação dos custos em diversos setores, acarretando a falta de competitividade, o que é grave para todos os cidadãos, principalmente, impactando no consumidor final, que vê a alta do combustível, energia, alimentos, dentre outros serviços essenciais.

Isso pode frear a produção e oferta de emprego?
Com certeza haverá um desestímulo maior na atividade econômica, afetando a geração de emprego e renda, pois será necessário repensar investimentos e todo o processo de trabalho.

Essas medidas, podem ser consideradas rescaldo da eleição 2014?
Infelizmente ainda há muitas pessoas que não acompanham a vida do seu candidato, não tem a lembrança de quem votou, das promessas que foram feitas em campanha, seja por vários fatores. Isso acarreta em opções eleitorais graves, no qual quem paga é a sociedade como um todo.

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