Segunda-feira, 9 de junho de 2025

Novo secretário de Obras analisa prejuízos e garante melhorias

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• Atualizado 10 anos atrás.

Os quase 50 mm de chuva (o equivalente a 50 litros de água por metro quadrado) registrados no fim da tarde de quinta-feira comprometeram a estrutura da cidade em alguns pontos. As equipes do Departamento de Obras tiveram trabalho dobrado ontem para recuperar algumas situações e encaminhar os trabalhos em outras.

O novo secretário de Obras da cidade, Osmar Telma (PMDB), não poderia contar com um “cartão de visitas” mais adequado. Na primeira semana de trabalho, enfrenta uma situação que ocorre constantemente no município quando as chuvas torrenciais são verificadas. Na quinta-feira, vários pontos de alagamento foram registrados, incluindo o Centro e uma região problemática do bairro Schramm. “Temos uma série de situações nas quais apenas medidas paliativas vinham sendo realizadas, mas agora precisamos sanar definitivamente os problemas, o que demanda investimentos”, disse o secretário.

Acompanhado do diretor de obras Dirceu Buttenchewicz, Telma percorreu praticamente todos os pontos e lamentou que em alguns casos os problemas poderiam ter sido evitados. Em sua análise, além de resolver de vez os problemas, é necessário fazer uma análise da participação humana em alguns casos em que a natureza acaba tendo o curso desviado ou obstruído. “Temos alguns pontos de alagamentos e de enxurradas causados pelo desenvolvimento urbano, o que é natural. Em alguns casos precisamos tomar atitudes mais radicais e erradicar de vez o problema. Não será um ano fácil, mas faremos de tudo para melhorar o cenário”, segue.

Serviço em vão

Telma disse que, desde o início da semana, alguns serviços de patrolamento estavam acontecendo, por exemplo nas ruas Fundão e Alberto Torres, que tiveram o serviço realizado por completo. No entanto, com as chuvas torrenciais, a situação voltou à estaca zero. “Patrolamos em um dia e, dois dias após, as chuvas acabam destruindo o serviço. Mas temos que ter paciência e refazer os trabalhos assim que possível”, enfatiza.

Colaboração das pessoas

Outra preocupação do secretário está na falta de cooperação de algumas famílias que ainda não têm a cultura de separar o lixo. Conforme ele, basta uma chuva como a de quinta-feira para verificar o descaso com o aparecimento de uma série de sacolas, garrafas pets e outros lixos trazidos pelas enxurradas. “Não é só isso. Temos pessoas que não colaboram, atiram restos de construções em qualquer lugar. Não limpam seus terrenos ou, se limpam, jogam o lixo em qualquer lugar. Temos mais de 900 quilômetros de estradas sem pavimentação para dar atenção; quanto mais as pessoas colaborarem, mais a gente conseguirá solucionar problemas que vêm se arrastando há muito tempo”, completa.

Vem mais temporal

Para piorar, a Defesa Civil de Santa Catarina alerta a população sobre o risco de temporais isolados em todo o Estado, com mais frequência em algumas regiões, como é o caso do Planalto Norte. A previsão de fortes chuvas entre a tarde e a noite permanece para os próximos dias. Segundo o órgão, isso acontece devido à temperatura elevada e principalmente por conta da alta umidade do ar proveniente da região Norte do Brasil. De acordo com o Samae, neste mês já choveu 80,5 milímetros, quantidade superior a todos os dias de janeiro de 2013. Em compensação, nos anos anteriores, em 2011 e 2012, as chuvas foram mais constantes. No primeiro ano, choveu 257,4 mm e, no ano seguinte, 190,9. A relação não apresenta dados de 2014.

Expectativas
Ainda tomando conhecimento de tudo que acontece na pasta, inclusive quanto à disponibilidade de recursos, Telma destaca que será um ano em que terão que fazer com que o orçamento seja suficiente para atender às demandas. “Vamos nos organizar. Temos que gastar dentro do que está previsto, mas penso que é possível garantir melhorias. Seremos parceiros da comunidade no sentido de dar atendimento digno para as causas que forem apresentadas na Secretaria de Obras. Queremos contar com o cidadão, e ele poderá contar conosco”, encerrou.

No Centro, um problema de anos

O secretário destaca que as áreas mais próximas do Centro têm sido mais prejudicadas com as chuvas, comuns ao período. Para ele, os transtornos acontecem por conta do volume grande de chuva, mas alguns mecanismos precisam ser incrementados para melhorar a situação. “Temos entupimento de bocas de lobo e tubulações, as quais não estão vencendo escoar o montante de água. Isso ocorre há muitos anos, não será resolvido do dia para a noite, mas necessita de uma atenção maior. Neste período de férias, estamos com pessoal reduzido e maquinário trabalhando conforme as escalas, mas, a partir da próxima semana, iremos intensificar mais as ações para solucionar os problemas. O Dirceu, que está à frente da diretoria de Drenagem Urbana, já nos repassou um relatório apontando a necessidade de aumentarmos a vazão em uma série de localidades onde a tubulação é insuficiente. Em alguns lugares onde está prevista a recuperação da camada asfáltica, vamos primeiro fazer o trabalho de substituição de tubos e galerias para, em seguida, finalizarmos com o asfalto. Mas a comunidade terá que ter um pouco de paciência com as obras que vão acontecer”, explica.

Osmar apontou que algumas pessoas já o informaram sobre problemas de 20 anos. Para ele, é imprescindível que esses pontos mais críticos sejam atendidos com ênfase. “Não podemos deixar a população nesta angustia. Mas vamos fazer a obra conforme a necessidade e capacidade”, segue.

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