Segunda-feira, 9 de junho de 2025

Apesar do movimento, Papai Noel foi magro para o comércio são-bentense

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• Atualizado 10 anos atrás.

O ano de 2014 não foi bom para o comércio. Apesar do movimento nas lojas, o desempenho nas vendas natalinas despencou em relação aos anos anteriores. De acordo com um levantamento realizado pela empresa Serasa Experian, as vendas caíram 1,7% em âmbito nacional durante o período de 18 a 24 de dezembro, em comparação à mesma época em 2013.

Em São Bento do Sul não foi diferente. Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Rodrigo Schuhmacher, a situação econômica atual justifica essa queda no ramo comercial. “Além da inflação e dos juros, os consumidores também estão cada vez mais inseguros na hora de comprar, e isso contribuiu para enfraquecer o volume de vendas”, explica.

Juros e endividamento

Na avaliação do consultor empresarial Adelino Denk, o resultado está de acordo com o enfraquecimento do varejo ao longo do ano. “2014 teve um crescimento abaixo da expectativa, e com isso o consumo deu uma estagnada”, comenta. Para ele, os juros estão muito elevados, e as famílias, endividadas, o que impossibilita espaço para mais créditos, como a realização de financiamentos a longo prazo. “A economia não tem mais fôlego para crescer. A situação vai melhorar apenas quando o governo conseguir controlar a inflação e diminuir os seus gastos”, expõe. Mesmo com os problemas econômicos, Adelino acredita que 2015 promete ser um ano regular. “Talvez seja um período mais estável, mas a recuperação do comércio tende a ser lenta e gradual. Os consumidores precisam de um tempo para deixar as contas em dia. Será um ciclo de reajuste”, explana.

Apesar disso, o fluxo de pessoas na cidade seguiu intenso durante esse período, segundo Rodrigo. “O cenário negativo é reflexo também da mudança de comportamento do consumidor. As pessoas acabam gastando mais com artigos populares em vez de outros mais sofisticados”, avalia.

Promoções
As promoções previstas para o início deste ano podem reaquecer o mercado e colaborar com o avanço nas compras, mas não serão suficientes. “Os descontos ajudam, porém, não irão mudar a atual situação. Muitas pessoas gastam muito entre Natal e Ano-Novo e acabam segurando os gastos no primeiro mês”, relata.

Outros fatores também atrapalham as vendas neste momento, como as matrículas em escolas, universidades, entre outros cursos. “Acredito que o único ramo que comemora bons lucros nas férias são as papelarias devido à intensa procura por material escolar”, esclarece.

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