Reformulado, o Panorama Socioeconômico de São Bento do Sul – antigo Perfil Socioeconômico – foi lançado na última reunião do ano da Associação Empresarial de São Bento do Sul (Acisbs), segunda-feira à tarde. Em 123 páginas, a publicação apresenta uma série de informações, com detalhes sobre a história local, meio ambiente e geografia, população, educação, saúde, infraestrutura, segurança pública, transporte, economia e outros. Ao abrir o evento, o presidente da Acisbs, Osmar Mühlbauer, destacou a pujança do município e os números do documento. “Moramos em uma cidade privilegiada, com certeza”, resumiu. Ele citou que São Bento do Sul, “apesar do clima pessimista no cenário nacional”, tem crescido acima da média de Santa Catarina e do próprio País.
Cidade altamente industrializada
Um dos exemplos utilizados para ilustrar a força industrial de São Bento do Sul é a posição de indústrias locais no ranking das maiores e melhores do sul do País, de acordo com o levantamento “Grandes & Líderes”, da revista Amanhã. A Tuper, por exemplo, é a 65ª maior do sul e a 14ª do Estado. Em seguida vem a Buddemeyer, na 255ª e 56ª posições, respectivamente. Também aparecem na lista a Condor (256ª no sul e 57ª em Santa Catarina), a Oxford (337ª e 80ª) e a Rudnick (379ª e 92ª). Dessa maneira, São Bento do Sul é o quarto município de Santa Catarina com o maior número de empresas no ranking, atrás apenas de Joinville, Florianópolis e Blumenau.
Fato inédito, também, é a presença da Tuper entre as 500 maiores companhias brasileiras, segundo o anuário “Melhores & Maiores”, da revista Exame, da Editora Abril. “É a primeira vez que isso acontece”, registrou Adelino. A empresa são-bentense é a 463ª do ranking nacional. No setor de siderurgia e metalurgia, a Tuper passou da 31ª para a 23ª colocação nacional.
Mercado de trabalho
Outra informação de relevância do Panorama diz respeito ao mercado de trabalho. Em 2012 e 2013, foram gerados 4.895 empregos em São Bento do Sul. Chama a atenção a remuneração média, em 2013, por divisão de sexo. Na administração pública, por exemplo, enquanto as mulheres ganham R$ 1.955,14, os homens ganham R$ 2.837,37. Na área de serviços, o salário médio delas é de R$ 1.589,70, enquanto a remuneração deles é de R$ 2.099,55. Na indústria da transformação, o salário feminino é, em média, R$ 1.396,96, e o masculino, R$ 2.203,29. No comércio, elas ganham, em média, R$ 1.343,94, e eles, R$ 1.713,51.
A Acisbs, frisou Osmar, “não é meramente uma entidade empresarial”, mas um ente que volta suas ações à comunidade local e regional. O presidente da associação também registrou o trabalho desenvolvido em parceria com instituições de ensino, poder público e setor privado. Com relação à publicação, Osmar ainda lembrou que trata-se de uma iniciativa da Acisbs, mas de autoria da AMC Consultoria Empresarial, sob o comando de Adelino Denk. Nesta edição, o projeto também contou com a participação de Adriano Westphal, que está se formando em História.
Linha do tempo
Adelino contou que o panorama apresenta, como novidade, uma linha do tempo com as principais datas relacionadas à história de São Bento do Sul. Alguns dos principais tópicos da publicação foram abordados pelo autor. Um dos destaques é o Produto Interno Bruto (PIB) de 2013, projetado em R$ 2,617 bilhões, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número é 10,6% maior do que o verificado em 2012, ocasião em que o PIB alcançou R$ 2,366 bilhões. “Foi um ano de crescimento chinês”, observou Osmar Mühlbauer. Tendo como base o ano de 2011, o PIB per capita são-bentense, de R$ 20.989, é 30% superior à média nacional e 2% superior à média estadual.
Ainda na área econômica, o panorama aponta que São Bento do Sul continua uma cidade fortemente industrializada. Com base em 2013, a publicação demonstra que o setor industrial é responsável por 66,03% do movimento econômico municipal, seguido pelo comércio (12,74%) e pelos serviços (7,53%). Na área industrial, o destaque é o setor metalúrgico, com 20,52% de participação, seguido pelo setor de madeira e móveis, com 14,71%. No segmento comercial, quem lidera a movimentação é o comércio varejista, com 5,57%.