Animais são abandonados nas ruas diariamente, tornando-se parte do cenário urbano. Os cães e gatos estão entre as principais vítimas desse mal, por isso muitas entidades sem fins lucrativos atuam na proteção e no resgate, a fim de tentar mudar esse panorama. No período de férias, esse índice aumenta ainda mais porque muitas famílias decidem viajar e deixam os animais jogados à própria sorte. Na região, duas entidades trabalham em prol dessa situação e promovem o direito dos animais: a APA e a Grupra.
A Associação Protetora de Animais de São Bento do Sul (APA) está há sete anos cultivando a importância da posse responsável e lutando para a redução de animais nas ruas. Com a ajuda da Vigilância Sanitária, a entidade faz a castração de fêmeas caninas e felinas até achar um lar para elas. “O maior desafio é encontrar um lar definitivo para os animais, pois a demanda é muito grande e o número de voluntários, extremamente baixo”, relata Dolores Roseli, vice-presidente da APA. Para manter a entidade funcionando, além das doações, a associação realiza anualmente a tarde festiva e a Cãominhada. “Esses dois eventos trazem muitos benefícios, conseguimos verba para conservar a APA e, ao mesmo tempo, promovemos a conscientização dos cidadãos”, diz.
Em Rio Negrinho, a Grupra é responsável pela defesa dos animais na cidade. Como não possui um abrigo, a organização apenas acolhe os animais em casos extremos. De acordo com a presidente, Natasha Jablonski, a Grupra é muito procurada pela população, mas nem sempre a associação consegue ajudar, pois algumas dificuldades impedem que o trabalho envolva um número grande de animais. “Como não temos nosso próprio abrigo nem muitos lares temporários, procuramos acolher em nossas casas sempre que possível. No entanto, todo animal retirado da rua implica um custo financeiro e, infelizmente, são muito poucos os casos que podemos atender devido à situação econômica da entidade”, relata. Mesmo com as dificuldades, neste ano a Grupra conseguiu castrar e doar aproximadamente 20 animais.
Seja um voluntário
A APA e a Grupra necessitam urgentemente de voluntários para dar continuidade aos seus projetos. Os interessados devem procurar a entidade, frequentar as reuniões e ajudar ativamente em todas as ações propostas, principalmente na procura por lares provisórios e permanentes.
Segundo Natasha, a ONG não recebe nenhuma ajuda pública e está sobrevivendo apenas com os recursos dos próprios voluntários e com doações. “O que ganhamos não cobre todos os nossos custos e despesas, por esse motivo tivemos que suspender parcialmente os atendimentos. Como temos contas a pagar, precisamos quitá-las para continuar nosso trabalho”, conta. Enquanto os recursos são escassos, a entidade está se dedicando em campanhas de prevenção contra maus-tratos e abandono, orientando a população através das redes sociais, especialmente pelo Facebook.
