Sábado, 7 de junho de 2025

Ratones reúne rock e solidariedade

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• Atualizado 10 anos atrás.

O evento de rock Ratones Festival surgiu em 2012, por iniciativa de amigos do músico são-bentense Cristiano “Rato” Fendrich, com a participação decisiva de integrantes de bandas locais e vários outros apoiadores. O objetivo da promoção, que culminou em apresentações voluntárias na Sociedade Desportiva Bandeirantes no dia 15 de setembro, era arrecadar fundos para auxiliá-lo na cobertura de despesas decorrentes do tratamento contra o câncer, que ele descobrira meses antes. Em 2013, com o guitarrista já curado, o grupo de organizadores e ele próprio decidiram pela realização da segunda edição do evento, no mesmo local e com o mesmo espírito solidário. A verba, até pela ligação da entidade com o tema, foi destinada à Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) de São Bento do Sul.

Ingressos

Os ingressos antecipados para o Ratones Festival custam R$ 15 até sexta-feira, na Arte & Som, na Parada Certa e no Cabelo e Arte. No sábado, diretamente na portaria do Bandeirantes, com integrantes da RFCC, os ingressos custarão R$ 20.

A entidade será mais uma vez beneficiada com a terceira edição do Ratones Festival, a qual será realizada neste sábado, novamente no Bandeirantes. Porém, neste ano, também será prestado apoio à paciente Merilyn Schwetler. Na terça-feira à tarde, Marcos Wielewski, Luis Gustavo Erzinger e o próprio Cristiano “Rato” Fendrich, da organização do festival, estiveram em A Gazeta para falar sobre o evento, o qual iniciará às 16 horas, face ao grande número de bandas – serão 11 ao todo.

Assim como em anos anteriores, as bandas tocarão voluntariamente, e o festival terá inúmeros apoiadores, como o próprio Bandeirantes (que está cobrando um valor menor do aluguel), a KS Gastronomia (do ecônomo Sergio Morais, que contribuirá com parte da venda de bebidas) e a empresa de sonorização J. Montenegro (que fez um preço mais em conta), entre outros. A censura será de 16 anos e será necessário levar cédula de identidade para confirmação. 

A PACIENTE

Merilyn Schwetler, 32 anos, é mais conhecida como “Lélis”. A técnica em segurança do trabalho – atualmente afastada das funções – mora em Oxford. No final de maio, ao fazer o autoexame das mamas (ou exame de toque) descobriu um nódulo no seio esquerdo. O que lhe chamou a atenção foi que, meses antes, após exames de rotina com o médico ginecologista, nada foi constatado. “Por isso é importante as mulheres fazerem o autoexame”, constata.


Diante dos indícios, Lélis procurou o serviço de saúde para fazer uma ultrassonografia com biópsia, cujo resultado apontou que o câncer de mama é maligno. Trata-se de um carcinoma ductal infiltrante de grau 2. A confirmação veio em julho. No mês seguinte, ela foi submetida à primeira sessão de quimioterapia, em uma clínica são-bentense particular. “Entre a descoberta e o início do tratamento, foi bem rápido”, diz. Ela aproveitou o direito que a legislação lhe confere e sacou o FGTS para ajudar no tratamento, o qual já soma quatro sessões.

“Fiquei sem chão”, confessa Lélis, explicando o que sentiu ao descobrir a doença. “Foi bem difícil”. Ela espantou-se ainda mais porque em sua família nunca foi registrado nenhum caso de câncer. A paciente se viu mais aliviada quando soube que a enfermidade não havia entrado em estado de metástase, ou seja, não havia se espalhado. Logo na primeira sessão, deparou-se com outras cinco mulheres que também fazem tratamento, das quais ouviu conselhos e recebeu várias informações. O cabelo começou a cair duas semanas após a primeira sessão.

Agradecimentos e contato

Lélis agradece à organização do Ratones Festival, às bandas, aos apoiadores do evento, aos colegas de trabalho e a quem tem a ajudado, de uma forma ou outra. Ela faz um agradecimento especial aos familiares – pai, mãe e três irmãos – e ao marido Hilton Dziedzic. O contato da paciente é o e-mail merilyn_schwetler@hotmail.com.

A equipe médica, segundo Lélis, tem sido bastante atenciosa e tem prestado um atendimento humanizado. Cada sessão dura 3 horas, explica a paciente. Ela diz não sentir nada na hora, mas, cerca de duas horas depois, começam a aparecer os efeitos colaterais, como náusea, vômito, constipação intestinal, fraqueza e dor de cabeça. Lélis toma medicamentos para amenizar tais efeitos.

PARTICIPAÇÃO E CIRURGIA

A quinta sessão quimioterápica de Lélis seria realizada amanhã. Porém, ela conseguiu autorização médica para transferi-la para segunda-feira. A mudança foi feita para ela poder participar do festival no Bandeirantes. Lélis, que sempre esteve envolvida com o cenário rock/underground, é irmã do guitarrista Johnny, da banda Rejects S.A., uma das participantes do festival. A última sessão está marcada para o dia 14 de novembro. Com a papelada já encaminhada para o serviço de mastologia de Jaraguá do Sul, a paciente realizará cirurgia provavelmente em janeiro, para retirar o nódulo. Se for necessário, será retirada a mama esquerda.

APOIO

São patrocinadores do evento: Sociedade Desportiva Bandeirantes, KS Gastronomia, VB Vidros & Molduras, Parada Certa Moda Jovem, Stain Indústria de Tintas, J. Montenegro Eventos, Studio 25, Uze Camisetas, Bovary Snooker Pub, Jimmis Pub e A Gazeta.

APRESENTAÇÕES*

17 às 18 horas: Violent Curse**
18 às 19 horas: Streptus**
19 às 20 horas: Tressultor
20 às 21 horas: Free Four
21 às 22 horas: Sr. Rock
22 horas às 23 horas: Mad Mozelle
23 horas à meia-noite: Rejects S.A.
Meia-noite à 1 hora: Monolito
1 hora às 2 horas: Rockfellers
2 às 3 horas: Chapa Groove
3 às 4 horas: Meggie Towsend

(*A banda Little Crow cancelou sua participação; **Vencedoras da Batalha de Bandas do Jimmis Pub)

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