O prefeito Rubens Blaszkowski (DEM) tem deixado claro que não vai interferir na rotina dos trabalhos do Legislativo quando se tratar de definir a sucessão presidencial. Segundo ele, um acordo firmado em 2012 garantiu Raul Johanson (DEM) para a primeira metade da legislatura, e agora vem a outra parte do acordo.
No entanto, o que se verificou é que a briga está declarada no município com relação a sucessão presidencial.
Além da vereadora Suzana Kotovicz (PMN), que até mesmo já conversou com os colegas da base para manterem o acordo, no qual ela seria eleita presidente da Casa, pode nem ser mais candidata por conta de algumas questões técnicas. Mesmo assim, segue negociando para participar da mesa. O vereador Olívio Odia (DEM), na segunda-feira, decidiu iniciar a caminhada buscando apoio dos colegas para se eleger presidente na segunda metade da legislatura.
Reunião com a base aliada
Na quarta-feira da semana anterior, o prefeito fez uma reunião com os demais vereadores da bancada, com exceção de Johanson, que, assim como Rubens, não aceita sentar para conversar após alguns acontecimentos na Prefeitura. “Não quero influenciar, mas a gente está conversando e deve chegar a um consenso nos próximos dias. Mas está difícil um acerto”, disse Rubens.
A vereadora Suzana, que já manifestou interesse em assumir a presidência, disse que, em nome do consenso, até abre mão do cargo, mas que deve haver um entendimento entre todos os componentes, para acabar de vez com o que está instaurado no local.
Mas a situação na base está de mal a pior. Para aumentar a crise, o vereador Raul relata que o prefeito tem atendido aos pedidos da oposição e deixa alguns vereadores da situação na estrada. “Sei que não é função do vereador pedir algumas coisas pequenas, as quais estamos acostumados, como patrolamento, ensaibramento e tubulação, mas, se ele atende a um vereador, tem que atender a todos”, alfinetou.
Acontece que o PMDB, que está como oposição, sentiu a divergência no grupo da situação e decidiu lutar pelo comando. Os vereadores Francisco Kuhnen e Ana Lúcia Piski já declararam que, se tiverem que entrar na briga pela presidência, estão prontos para o embate. “Eu estou pronto para buscar a presidência e tenho alguns colegas que garantiram apoio ao meu nome. O PMDB teria que primeiro decidir a questão interna, uma vez que Chico fala no apoio de Adriano Grosskopf, mas Ana Lúcia tem uma proximidade maior com a família Bahr e ,consequentemente, deve apoiar Adolar.”
A confiança dos peemedebistas está justamente nas dificuldades internas que a aliança do governo encontra no momento, com relacionamentos abalados entre o prefeito, presidente da Câmara e chegando a envolver os vereadores Olívio Odia (DEM) e Zezo Munhoz (PP). Raul já teria deixado claro que, devido à maneira como o governo tem tratado os vereadores da base, no caso ele e Suzana Kotovicz, não teria como votar em um dos colegas de bancada para a presidência.