Entre os dias 27 de outubro e 1º de novembro, estão proibidas a limpeza de túmulos nos cemitérios municipais. “Todos os familiares de pessoas sepultadas deverão realizar estes trabalhos somente até a data estipulada”, explica Maria Salete Gauziski Baptista Fragozo, coordenadora do setor de cemitérios de São Bento do Sul. “Inclusive os serviços de lavação em geral realizados por autônomos nos cemitérios municipais somente poderão ser feitos mediante autorização do setor de administração de cemitérios da Prefeitura”, esclarece. Marmorarias e empresas do gênero, as quais, nessa época, realizam serviços de reparo, colocação e troca de sepulturas, também têm que respeitar o prazo, explica Salete. O único trabalho permitido neste período, de acordo com a coordenadora, é a montagem de gavetas para sepultamentos.
Onde estão
Conforme a coordenadora do setor de cemitérios de São Bento do Sul, Maria Salete Gauziski Baptista Fragozo, atualmente existem 11 cemitérios municipais, nos seguintes locais: Cruzeiro, Dona Francisca, Estrada dos Bugres, Fundão, Lençol, Ponte dos Vieiras, Rio das Pacas, Rio Natal, Rio Vermelho Estação, Rio Vermelho Povoado e Schramm. Também existe um cemitério particular no bairro 25 de Julho.
A coordenadora explica que o período de proibição de serviços nos cemitérios foi estabelecido a pedido de familiares de entes queridos. Salete conta que, segundo os solicitantes, havia reclamações porque muita gente deixava para fazer a limpeza em cima da hora e, assim, os túmulos que haviam sido limpos ficavam sujos novamente. Selete ainda ressalta que já foram emitidos avisos que serão colocados em todos cemitérios municipais alertando a população quanto à proibição.
VASOS, FLOREIRAS E DENGUE
No dia 30 de setembro, venceu legalmente o prazo para troca de vasos e floreiras inadequados nos cemitérios de São Bento do Sul. Porém, segundo a diretora do Centro de Vigilância em Saúde (CVS), Luciane Scatolon, decidiu-se pela concessão de mais um tempo para adequações, até que o poder público receba novos materiais explicativos sobre a lei e finalize a organização de eventos que serão realizados devido à proximidade do Dia de Finados (2 de novembro). “Boa parte da população já fez as adequações”, informa Luciane. A princípio, de acordo com a diretora, os vasos e floreiras inadequados não estão sendo inutilizados pelos agentes públicos do Programa de Controle da Dengue de São Bento do Sul.
O principal objetivo da campanha é eliminar recipientes que acumulam água evitando, dessa forma, que haja um recinto favorável para o que o Aedes aegypti – o mosquito transmissor da dengue – desenvolva seus focos. O mosquito encontra nas paredes internas dos vasos e recipientes um ambiente propício para a fêmea depositar seus ovos, os quais eclodem rapidamente e geram mosquitos adultos. Uma única fêmea põe até 600 ovos em um raio de 300 metros.
Para evitar o ambiente conveniente ao desenvolvimento dos focos, são considerados ideais os recipientes que proporcionam o escoamento da água ou que nem mesmo permitam o acesso do líquido. Como um ovo pode resistir em um local por até um ano e meio, a vigilância tem que ser constante, tanto que os agentes do Programa de Combate à Dengue realizam inspeções semanais nos cemitérios e quinzenais nas mais de 300 armadilhas colocadas em diferentes pontos do município.
