Mesmo proibidos por lei e considerados altamente perigosos por especialistas, caminhões arqueados – com a dianteira rebaixada e a traseira levantada – seguem circulando no Brasil. A tendência, que altera a suspensão dos veículos, elevando a traseira, compromete a estabilidade e a frenagem, aumentando a gravidade dos acidentes, podendo até resultar em mortes.
Em fiscalizações recentes, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou mais de 700 infrações ligadas a essa alteração indevida nas características dos veículos, entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025. A principal delas é a elevação da traseira. Segundo o engenheiro Rodrigo Kleinubing, a alteração prejudica a dirigibilidade e pode levar a colisões graves, pois o para-choque elevado aumenta o risco de carros menores entrarem debaixo da carroceria.
A Resolução 916/2022 do Contran permite apenas alterações moderadas na suspensão. Dessa forma, as modificações na suspensão dos caminhões não podem ultrapassar um desnível de 3,5 cm a cada metro de comprimento do veículo. Na prática, isso significa que pequenas elevações podem ser aceitas, mas modificações extremas são ilegais. Caminhões arqueados flagrados podem ser retidos até a regularização, além de resultar em multa por “dirigir veículo com características alteradas”, conforme o Código de Trânsito Brasileiro.
Apesar dos riscos, motoristas continuam aderindo à prática por questões estéticas e pela influência das redes sociais. Diante dessa influência digital, a PRF pretende ampliar as campanhas educativas, buscando conscientizar os motoristas sobre os riscos dessa prática.
Informações são do portal Uol.
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