No começo do ano passado, o jornal A Gazeta contou a história de Laudinei Fietz, que, após ter uma graça atendida pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, fez a promessa de viajar, sempre de bicicleta, até o Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo. Como a promessa foi feita pelo nascimento das duas filhas, Carolina e Karolaine, ele segue realizando as viagens.
Ao todo, serão 15 idas até o local, considerado o maior santuário mariano do mundo. Até agora, ele já cumpriu oito romarias, sendo que a última aconteceu recentemente, quando pegou a bicicleta no dia 24 de dezembro e foi pedalando em direção à igreja. Ele chegou em Aparecida no dia 28, um sábado, ou seja, foram cinco intensos dias de pedal, percorrendo 1.050 quilômetros.
Geralmente, Laudinei fazia o trajeto em um tempo menor. Porém, em 2024, ele preferiu seguir por outro caminho, mais seguro. Ele fez o percurso descendo por Joinville, passando por Guaratuba e Matinhos. Em seguida, pegou a BR-277, sentido Curitiba, e optou por seguir pela saída que leva à estrada da Serra da Graciosa, que corta caminho. De lá, seguiu até a cidade de Juquiá, em direção a Sorocaba. Ainda teve passagem por Campinas e, de lá, foi para a Rodovia Dom Pedro. Depois de longas horas de estrada, finalmente chegou a Aparecida. Outro fator que fez com que ele demorasse a chegar ao santuário foram as fortes chuvas que atingiram São Paulo.
Apesar da intempérie, ele é categórico ao afirmar que esta foi a melhor viagem. “Desta vez, o percurso que fiz foi muito bom, não furou o pneu da bicicleta. Encontrei bastante gente boa na rua. Só a única coisa que vi foi muito acidente na rua, mas o resto foi muito bom”, expõe. Nesta viagem, ele usou uma bicicleta aro 29. O são-bentense menciona que, inicialmente, havia a possibilidade de ir com uma bicicleta “speed” (mais leve e adequada para asfalto), mas, devido a dificuldades técnicas, acabou não conseguindo usá-la. Ele acredita que foi melhor assim, já que a aro 29 é mais robusta, capaz de lidar melhor com terrenos como a Serra da Graciosa, que precisou subir durante a romaria. “Quando você consegue fazer um pedal que dá certo, que não dá errado, você sente que cumpriu a promessa”, relata.
Oitavo ano até o santuário
O são-bentense conta que sempre prefere pegar a estrada durante o dia. Por isso, saía de madrugada, por volta das 5 horas, e pedalava até o anoitecer. Para dormir, ficava em hotéis. Já quando chegou ao santuário de Aparecida, no sábado à noite, também ficou em hotel, e para retornar para casa, voltou de excursão. Neste ano, ele garante que irá novamente e, se possível, levará uma câmera acoplada ao capacete para registrar todos os momentos da aventura.
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