Segunda-feira, 21 de abril de 2025

Ex-funcionários afirmam que Grupo Belem não cumpriu acordos de negociação

Sindicato diz que recuperação judicial prejudica trabalhadores

• Atualizado 18 dias atrás.

A matéria veiculada por A Gazeta sobre o interesse do grupo Belem em retomar as atividades em São Bento do Sul deu o que falar. Ex-funcionários entraram em contato com a redação para contestar a informação dada pelo escritório responsável pela recuperação judicial, a qual afirmava que negociações estavam ocorrendo para pagamento dos débitos atrasados. Segundo os ex-colaboradores, acordos foram feitos sim, mas não cumpridos por parte da empresa.

Uma ex-funcionária, que preferiu não se identificar, disse que trabalhou em uma das lojas do grupo por mais de dois anos e saiu sem receber praticamente nada. “Pagaram o fundo de garantia, mas sem a multa. Fizeram dois acordos com a gente, pagaram duas parcelas de um acordo e nada mais”, afirma. “Era uma empresa muito boa para trabalhar, nunca atrasaram um pagamento se quer”, lamenta, recordando de quando o supermercado estava em funcionamento.

Conforme o Sindicato dos Empregados no Comércio (Sindicom), o Grupo Belem é composto por diversas empresas e CNPJs de São Bento do Sul, Rio Negrinho, Mafra e Rio Negro. “Inicialmente, o juiz decidiu pela inclusão de todas as empresas no processo de recuperação judicial, concedendo-lhes prazo para apresentação de documentos. Posteriormente, autorizou a recuperação judicial de apenas duas empresas, aquelas que possuem empregados ativos e ex-funcionários nas localidades de São Bento do Sul e Rio Negrinho”, explica o sindicato, por meio de nota à imprensa.

A equipe jurídica do Sindicom atende cerca de 30 ex-funcionários da empresa em questão, mas há aqueles que ingressaram com ações individuais. “Os advogados estudam uma forma de reverter a decisão de recuperação judicial. Caso esta não seja revertida, será uma dura, penosa e demorada espera dos ex-funcionários que tem valores ainda a receber”, destacou Wender Kelvin Corrêa, assessor jurídico do Sindicom.

Prejuízo ao empregado
Para o presidente do Sindicom, Pedro Amâncio Machado, a recuperação judicial é um disposto legal para que as empresas tenham um fôlego e tentem reverter a situação econômica, visando a garantia dos empregos. “Infelizmente auxilia o empresário, mas geralmente prejudica em muito os trabalhadores”, frisa.

Um caso parecido, citado pelo Sindicom, foi da BUSSCAR, em Rio Negrinho, que levou anos até que os funcionários conseguiram receber algum valor. Além do alongado tempo, receberam um percentual muito abaixo do que deveria ser pago. “É a legislação que privilegia o empresário, e o trabalhador é que precisa pagar essa conta muitas vezes”, finalizou Pedro Amâncio.


  • YouTube: Inscreva-se para assistir as matérias de A Gazeta.

Confira mais notícias no jornal impresso. Assine A Gazeta agora mesmo pelo WhatsApp (47) 99727-0414. Custa menos que um cafezinho por dia! ☕

 

Últimas notícias

Mega Sena site
Morte moto site
35cfa28e-18fa-423c-adae-e636d6a2fd06
Morte moto site
WhatsApp Image 2025-04-17 at 16.18

Mais lidas

corpo-27498
visita-tecnica-havan-2-27563
tumulto-na-camara-27492
forum-da-comarca-27578
magda-elizabeth-27501

Notícias relacionadas