Um dos temas de maior interesse nas discussões do debate realizado pelo Jornal A Gazeta, na noite de terça-feira (1º), foi a saúde. O orçamento público para investimento na saúde pública é de 15%, no mínimo. Mas, historicamente, São Bento do Sul aplica 20% ou mais no setor.
Mesmo assim, há filas e demoras para consultas especializadas e exames. Aliado a isso, há a previsão de aumento populacional e envelhecimento da população, situações que demandam ainda mais do serviço público.
Com base neste cenário, a pergunta foi: Como o candidato pretende trabalhar para otimizar os recursos e garantir mais agilidade e capacidade de atendimento, no intuito de reduzir a espera da população que busca pela saúde pública?
Jaciara Machuga (PT) foi a primeira sorteada a responder. A candidata disse que durante a campanha ouviu inúmeras reclamações por falta de especialistas, exames e as filas nos postos de saúde a partir das 4 horas da manhã.
Rosemari Cândido (Progresistas) pontuou as demandas de especialidades, e reforçou que no governo do PP a saúde sempre foi prioridade. “Se nós olharmos o número de exames, só de neuro adulto tem 2.049 pessoas esperando, oftalmologista 1.839, ultrassom mais de 10 mil, exames de otorrino são 1.012, endoscopia 1.572 e colonoscopia 1.020”, complementa, dizendo que a saúde deve ser preventiva também, não só curativa.
Em sua vez de responder, Antonio Tomazini (PL) relembrou como era a saúde pública anos atrás, citando os postos de saúde fechados nas férias coletivas e lembrando que agora tem horário ampliado. “Nós contratamos sete médicos para atender e ampliamos o horário de atendimento das 8 até às 21 horas, com livre demanda”, reforça.
O último a responder foi o candidato do MDB, Luiz Sieves, que assim como Rosemari trouxe números, e afirmou serem 26.800 pessoas na fila de espera aqui em São Bento do Sul. “Se a saúde estivesse tão boa, tivesse tantos médicos, tivesse tantas coisas acontecendo, nós não teríamos esse grande número de pessoas na fila de espera”, conclui.
Sieves e Tomazini tiveram a chance de discutir sobre o tema novamente. Na oportunidade, Sieves pontuou os números outra vez, relembrou dos R$ 170 milhões que o prefeito disse ter economizado, e indagou qual é o problema para zerar as filas de saúde, se não é a questão financeira.
Na resposta, Tomazini citou que os exames do Sistema Único de Saúde (SUS) são de baixo valor, então os prestadores de serviço não têm interesse no modelo SUS, pela tabela de valores estar defasada há mais de 20 anos e que ninguém quer trabalhar de graça. “Atendemos 1.230 pessoas por dia, vem quase sete ou oito mil exames por dia. Não significa que a fila está parada, ela está andando, mas é um volume muito grande de exames toda hora”, complementa.
Na réplica, o candidato do MDB fala que o prefeito está desviando do assunto e comenta que é possível pagar um adicional na tabela SUS. “Se o problema não é dinheiro, o que está acontecendo? É má vontade? É falta de acessibilidade pública? Você não gosta da população de São Bento, é isso que está acontecendo?”, insiste.
Para finalizar, na tréplica Tomazini disse que isso parece uma brincadeira. “Nunca vi tanta mentira em um lugar só. Isso tudo que falei é verdade, ninguém tem interesse no SUS, nós temos dificuldades para contratar, mas a fila ela está andando”, conclui.
O debate continua disponível no YouTube de A Gazeta, que pode ser assistido clicando neste link.
- WhatsApp: Participe do grupo fechado de A Gazeta.
- YouTube: Inscreva-se para assistir as matérias de A Gazeta.
Confira mais notícias no jornal impresso. Assine A Gazeta agora mesmo pelo WhatsApp (47) 99727-0414. Custa menos que um cafezinho por dia! ☕
