Aos 66 anos, Waldemir Schmidt decidiu dar um novo rumo à sua vida. Após décadas dedicadas a diferentes setores na carreira profissional, desde o turismo até a indústria moveleira, ele encontrou na aposentadoria não o fim, mas o início de uma nova jornada: a de microempreendedor. Atualmente, Waldemir é motorista executivo, oferecendo mais do que simples viagens — ele proporciona experiências aos seus clientes, com um atendimento diferenciado e um sorriso no rosto, sempre demonstrando simpatia.
Nascido em Curitibanos, no interior de Santa Catarina, logo aos 7 anos se mudou para Curitiba com sua família, onde começou a trabalhar aos 11 anos em um barzinho da cidade, depois como repositor de supermercado e, aos 17 anos, já coordenava um departamento de sinistros em uma companhia de seguros. Porém, foi no turismo que passou grande parte de sua vida profissional, trabalhando por 33 anos, tanto como guia turístico, coordenador de eventos e operador de passagem. Mudanças na vida pessoal o trouxeram de volta a Santa Catarina, onde trabalhou em uma indústria moveleira e, posteriormente, no ramo de hotelaria. Foi então que conheceu sua atual esposa, o que o motivou a se mudar para São Bento do Sul há cerca de seis anos.
De lá para cá, aposentado mas já atuando como motorista por aplicativo, foi a pandemia da Covid-19 que o levou a buscar uma nova direção, e o empreendedorismo surgiu como uma oportunidade. Waldemir conta que, ao perceber as limitações e desafios de ser motorista apenas pelos aplicativos, decidiu formalizar seu negócio. “Deixei os aplicativos de lado e fui me informar no Sebrae. Esse é o primeiro passo para quem quer empreender: entender o que é ser MEI, como funciona e quais são as vantagens”, aconselha.
Ele comenta sobre a importância de estar legalizado, não apenas para evitar problemas fiscais, mas para transmitir segurança aos clientes. “Ser MEI me permite emitir nota fiscal, o que é um diferencial importante. Muitos clientes, especialmente empresas, exigem isso. E foi essa formalização que me permitiu fechar contratos com seguradoras e outras grandes empresas”, revela.
A atenção que dá a cada detalhe durante as viagens também fez com que se destacasse no mercado, especialmente em São Bento do Sul, onde já conquistou diversos clientes. “Não se trata apenas de transportar o passageiro, mas de agregar valor à experiência. Conto histórias, falo sobre a cidade, e às vezes até faço uma piadinha para tornar a viagem mais agradável. Tenho 66 anos, mas ainda me sinto com 18!”, diz, alegre.
Mas, assim como todo empreendedor, Waldemir também vivenciou momentos marcantes que o motivam a continuar. “Transportava um casal de idosos, ambos com mais de 90 anos. Eles eram extremamente lúcidos e independentes, sempre viajando juntos e de mãos dadas. Infelizmente, ela faleceu há pouco tempo, mas a memória deles ainda me emociona”, conta.
Caminhos
Segundo o observatório da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc), o número de microempreendedores individuais (MEIs) em São Bento do Sul é de 6.664, mais de mil formalizações a mais em comparação ao mesmo período do ano passado, demonstrando um crescimento dos pequenos empreendedores no mercado. “Para quem está aposentado ou em busca de um novo caminho, minha dica é: busque conhecimento, se prepare e não tenha medo de dar o primeiro passo. Empreender é uma oportunidade para se reinventar e conquistar seu espaço no mercado”, aconselha Waldemir Schmidt.
Para prestar assistência, a Agência do Sebrae em São Bento do Sul está localizada na Rua Marechal Deodoro, 311, no Centro, ao lado do Centro de Distribuição dos Correios. O atendimento também pode ser feito pelo telefone (47) 3188-1600 ou WhatsApp (47) 3188-1622. Além do Sebrae, também há a Casa do Empreendedor, que auxilia os interessados. Basta entrar em contato pelo WhatsApp (47) 3631-6065, ou ir até a sua sede, na Rua Marechal Floriano, no Centro.
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