O rio-negrinhense Idézio Hacke chegou na última quarta-feira (14) a uma marca de respeito. Nesse mesmo dia, há exatos 50 anos, ele começava a trabalhar na Oficina e Loja Auto Elétrica Ltda, empresa que ainda atua, mesmo aposentado há 13 anos. Dessas cinco décadas de muito trabalho, ele ressalta a qualidade da empresa e fala sobre os desafios enfrentados quando ainda era um menino.
Idézio conta que começou a trabalhar muito jovem. “Comecei com 13 para 14 anos. Entrei em agosto e em setembro, no dia 3, fiz 14 anos. Primeira coisa de quem começava numa empresa era varrer, lavar peças. Esse foi o início”, lembra.
Com o passar do tempo ele foi aprendendo mais sobre o ofício, atuando com veículos leves e pesados. “Fazemos motor de partida, alternador, instalação, mexemos com um pouco de cada coisa. Esse é meu primeiro e único emprego. A gente tem que gostar das coisas, por isso precisa permanecer. A empresa é ótima, até hoje nunca atrasou um pagamento. Em 50 anos nunca atrasou! Tem que agradecer a Deus pela oportunidade que a gente teve”, frisou.
Mesmo estando aposentado há mais de uma década, Hacke afirma querer continuar trabalhando. “Tem 13 pra 14 anos que estou aposentado e vou continuar aqui. Enquanto Deus me der saúde eu quero continuar”, disse. “Uma pena que esses jovens de hoje não podem começar a trabalhar cedo, aí depois de uma idade não querem mais trabalhar. E o serviço não mata ninguém, podem ter certeza disso”, concluiu.
Funcionário exemplar
Heitor Bona, proprietário da oficina, conta que conhece Idézio desde o seu primeiro dia de trabalho. “Até 1983 quem administrava a oficina era o senhor Mário Eick. Depois da enchente que comprei a parte dele e assumi. Nunca tivemos, em todo esse tempo, nenhuma discussão com o Idézio. Nem eu com ele, nem ele comigo. É praticamente da família”, comentou.
Com 50 anos de oficina, Idézio é o funcionário mais antigo da empresa. “Ele nunca deu problema. Cada um tem seu jeito e temos que conviver”, disse Heitor. “Sempre foi um bom funcionário”, completou.
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