Diretor do Sindicato dos Eletricitários explica os principais motivos da greve na Celesc

Reivindicações incluem a participação nos lucros e a luta contra a privatização da companhia

• Atualizado 3 meses atrás.

Em uma mobilização que envolve cerca de 90% dos funcionários da Celesc em todo o estado, servidores da empresa pública de distribuição de energia elétrica de Santa Catarina entraram em greve por tempo indeterminado. As principais demandas incluem a participação nos lucros e resultados (PLR), além de questões relacionadas à tentativa de privatização da empresa e à qualidade do serviço prestado à população.

João Roberto Maciel, diretor do Sindicato dos Eletricitários do Norte de Santa Catarina (Sindinorte), que representa os trabalhadores da região, explicou os motivos que levaram à greve. Segundo ele, a principal reivindicação é a igualdade na participação dos lucros, algo que, conforme a proposta apresentada pela diretoria da estatal, favoreceria apenas os colaboradores com os maiores salários, em detrimento do que vem sendo defendido pelo sindicato.

“Estamos tentando negociar com a empresa desde o final do ano passado a questão da nossa PLR, que é a participação nos lucros e resultados. Essa é uma reivindicação justa, pois é uma premiação pelos resultados que a empresa alcança, e nossos números hoje são os melhores do país. Defendemos que todos são iguais, todos produzem de forma igual, então todos devem receber de forma igual”, afirmou Maciel.

Além da PLR, outra preocupação dos servidores é a possível privatização da Celesc. “Temos a segunda menor tarifa do país e uma qualidade de serviço reconhecida. A privatização levaria a tarifas mais altas e a uma queda na qualidade do atendimento. Outra questão é a contratação de novos funcionários. Há uma defasagem muito grande, principalmente no atendimento presencial e na contratação de eletricistas. Sem pessoal suficiente, o trabalho acaba sendo prejudicado, e a sociedade paga por isso. Com isso, a empresa tem terceirizado, mas quando terceiriza, a qualidade do serviço é afetada, pois os terceirizados não recebem o treinamento adequado e não prestam o mesmo serviço que o nosso. Tivemos o caso da Copel no Paraná, onde a privatização não funcionou; a qualidade do serviço piorou, e a tarifa subiu consideravelmente”, acrescentou.

De acordo com Maciel, a adesão à greve envolve todos os empregados da empresa, independentemente de suas funções. “Todos os empregados da empresa, sejam atendentes, engenheiros ou eletricistas, tendem a perder com a situação atual. O movimento é de todos, e esperamos o apoio da sociedade para que nossa luta não seja em vão. Pedimos à sociedade que nos apoie, pois além de estarmos lutando por um melhor atendimento à comunidade, também estamos defendendo nossos direitos. Todos têm família e trabalham para prestar o melhor serviço a todos”, mencionou.

Negociações
A greve dos servidores da Celesc tem gerado impasse nas negociações entre os trabalhadores e a administração da empresa, sob a supervisão do Governo do Estado. As negociações estão em andamento, e uma reunião está programada para ocorrer nesta terça-feira (13) entre os representantes sindicais e a diretoria da companhia. Confira a nota oficial da Celesc na íntegra.


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