João Francisco Alves Machado passa a emprestar seu nome a uma rua do bairro Vila Nova. Isso porque o projeto de lei que formaliza o uso de seu nome foi aprovado nesta segunda-feira (17) durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Rio Negrinho. A proposta foi do vereador Manoel Alves Neto, o Maneco (UB), sendo subscrita pelos demais vereadores. Familiares do homenageado – que foi morador da rua por mais de 40 anos – acompanharam a discussão e votação da proposta, que ainda passará por sanção por parte da prefeitura.
De acordo com Maneco, além de homenagear o antigo morador da rua, o projeto também atende a uma demanda do Registro de Imóveis, que havia solicitado uma adequação, segundo ele, em um trecho da rua Germano Schier. “O homenageado foi um dos moradores mais antigos da rua, morou mais de 40 anos, foi motorista de caminhão e trabalhou a vida inteira aqui em Rio Negrinho. É uma homenagem muito justa e bem gratificante para a família. As duas filhas dele até se emocionaram e choraram quando souberam da homenagem”, comentou.
Histórico
João Francisco Alves Machado (foto abaixo) nasceu em 4 de abril de 1947, na localidade de Rio Preto do Sul. Aos 21 anos, após se casar com Maria Luiza Machado, mudou-se para Rio Negrinho em busca de muitos sonhos. João e Maria eram um casal muito simples que conseguiu alugar uma casa de porão de chão batido na rua Pedro Simões de Oliveira, onde sua filha mais velha, Cleide, nasceu. João conheceu Evaristo Stoeberl, que lhe deu a oportunidade de trabalhar com ele em 1968 como tratorista, abrindo estradas por 10 anos. Posteriormente, tornou-se caminhoneiro.
Como caminhoneiro, João foi funcionário de Stoeberl por 25 anos e, ainda muito jovem, se aposentou, já tendo na época adquirido uma casa na rua Treze de Dezembro, no bairro Vila Nova. Ele já havia construído uma família de seis filhos, sendo quatro meninas e dois meninos, quando, em 1988, conseguiu comprar, em sociedade com seu cunhado, um caminhão Mercedes 1972. Posteriormente, adquiriu a parte de seu cunhado no veículo de carga. Machado também comprou um terreno na rua Germano Schier, onde construiu uma casa para sua família, tirando-os da área de enchente onde moravam até então. A casa ficou pronta em 1995.
Segundo relatos da família, Machado passou por muitos desafios, mas sempre teve muita determinação e uma fé inabalável. Após os filhos homens crescerem e optarem por seguir a profissão do pai, João os ajudou a comprar seus caminhões próprios. Com 67 anos, ele continuava a trabalhar até que, no final de 2014, adoeceu e, diagnosticado com um câncer no fígado, faleceu em menos de um mês, no dia 4 de fevereiro de 2015.
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