Sábado, 26 de abril de 2025

90 anos de vida e paixão pela música: conheça a história de Seu Paulista

Entre acordes e memórias, Paulista conta a sua história

• Atualizado 23 dias atrás.

A história de um homem apaixonado pela música, essa é a trajetória de Jaime Garcia Arouca, conhecido carinhosamente como Paulista. Nascido em 1934, em Jardinópolis, município próximo a Ribeirão Preto, em São Paulo, Paulista traz consigo uma bagagem de vivências marcantes desde sua juventude, especialmente envolvendo a paixão pelo violão e pela viola. Desde cedo, Paulista demonstrava talento e paixão pelo universo musical.

Em Ribeirão Preto, estudou mecânica, trabalhou e, nos tempos livres, ele e seu irmão Francisco tinham o costume de se reunir com amigos para cantar e tocar violão, mesmo que de forma amadora. Inclusive, seu irmão foi seu primeiro professor, ensinando-lhe as posições básicas e despertando seu interesse pelo instrumento.

Aos poucos, Paulista foi aprimorando suas habilidades, absorvendo conhecimentos de outros músicos que cruzavam seu caminho, como a famosa dupla Lourenço e Lourival e seu amigo e, mais tarde, futuro cunhado, Antenor Borges.

Mas foi em 1962 que Paulista fez uma das decisões mais significativas de sua vida: mudar-se para São Bento do Sul, cidade onde reside até hoje. A mudança, que teve maior incentivo após conhecer sua esposa, Aurora, também marcou o início de uma nova fase em sua relação com a música.

“Na época, Antenor me trouxe para São Bento e, então, decidi ficar por aqui. Consegui emprego em uma oficina, mas continuei cantando com meu cunhado, onde nos apresentávamos em algumas rádios locais. Mas, tempo depois, ele decidiu parar. Foi então que conheci Dário Rosá, que tinha uma voz forte e foi meu companheiro por anos em apresentações nas rádios e eventos”, lembra.

A dupla “Paulista e Rosá”
A parceria com Rosá foi certeira, com ele surgiu a oportunidade de gravar o primeiro disco de vinil (LP) em Curitiba, na década de 80. “Gravamos 12 músicas no LP e fomos crescendo aqui na região. Também tínhamos um programa na Rádio São Bento, que apresentamos por quatro anos. Fora as apresentações em casamentos, aniversários e outras festas. Em 2006, gravamos um CD, com músicas inéditas no repertório sertanejo, entre elas a composição de Antenor Borges, denominada ‘Homenagem a São Bento'”, conta Paulista.

Em 2011, Paulista sofreu a perda de seu parceiro de longa data, Rosá, por um tumor cerebral, o que o fez ficar um tempo longe da música. Porém, em 2015, através de um amigo, conheceu Gerônimo Juraszek, que também estava começando a tocar viola. “Fizemos uma boa amizade, e Gerônimo tocava viola muito bem. Fomos convidados para tocar em aniversários e, às vezes, pegávamos duas violas, ele fazia o ponteado, eu acompanhava, e assim tocamos por mais algum tempo”, disse.

Com a pandemia da Covid-19, Paulista decidiu parar de tocar. Mas atualmente, mesmo aos seus 90 anos de idade, às vezes ele puxa um violão para lembrar não apenas de uma vida dedicada à música, mas também da jornada de um homem que encontrou no sertanejo raiz momentos de felicidade com seus amigos e familiares.

Confira a reportagem em vídeo


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