O público que assistia as disputas da modalidade de futsal masculino pela fase municipal dos Jogos Escolares presenciou cenas lamentáveis proporcionadas pelo pai de um atleta do Colégio Global, na tarde de quarta-feira (20), no ginásio da Escola Castelo Branco. O presidente da Fundação Municipal de Desportos (FMD), Luciano Weidner, e o diretor técnico da FMD, Rodrigo Nassif Ribas, estavam na FMD quando algumas pessoas da Fundação acompanhavam os jogos.
“Era fase de grupos, mas neste jogo em específico, quem vencesse, passava para a próxima fase, o jogo era Global e Castelo Branco, foi um jogo bem movimentado e pagado”, explicou Rodrigo. O diretor destacou que como a partida foi no Ginásio Leonardo Roesler, do Castelo Branco, a escola estava em peso acompanhando.
Nos instantes finais, o Castelo Branco fez um gol, venceu a partida e passou de fase. No momento do gol, o goleiro do Castelo tirou a camisa e começou a comemorar. “Foi uma comemoração dentro do normal, talvez ele comemorou mais efusivamente, mas nada justifica a atitude de uma pessoa como essa, pai de um atleta do Global, o qual se sentiu ferido, talvez, pela forma que o menino comemorou. Adentrou a quadra para agredir o goleiro, mas foi contido pela diretora e por algumas pessoas da FMD e até por alguns pais que estavam lá”, detalhou o diretor técnico.
Nassif acredita que se não fosse seguro por estas pessoas, o homem, bastante nervoso e alterado, teria agredido o menino. “Deixo claro que nada tem a ver com o Colégio Global, mas sim um pai de um aluno do Global, inclusive o técnico Tigrinho estava lá e não concordou com a atitude, uma atitude lamentável”, completou.
“Não é isso que a FMD preconiza, a FMD preconiza principalmente, Jogos Escolares, é uma das maiores competições, que é de onde saem os nossos atletas e onde eles têm a oportunidade de conhecer o mundo do esporte, tanto nas fases regionais, estaduais e nacionais”, frisou.
Boletim de ocorrência
Rodrigo lamenta não ter sido a primeira vez que problemas como esse acontecem. “Não tivemos problemas com alunos, com atletas, mas os pais se perdem no meio desse trajeto e aí, chegamos ao cúmulo de ter que contratar segurança para que não haja problema. A Polícia Militar chegou, foi lavrado um boletim de ocorrência da mãe, em desfavor do pai que invadiu a quadra”, disse Rodrigo. A FMD classificou as cenas como absurdas, repudiando os atos. “Essas notícias precisam correr a cidade para que aquela pessoa que invadiu a quadra se sinta envergonhada do que ela fez”, completou.
Rodrigo também se mostrou indignado de a FMD precisar contratar segurança e ter policiamento em jogos dentro de uma escola. Ele lamenta a FMD precisar utilizar dinheiro público para este fim. “Esse mesmo dinheiro poderia ser usado para uma benfeitoria no esporte ou comprando material para as crianças. O objetivo é fazer esporte, esporte para as crianças, se o pai não consegue se comportar dentro de um recinto desse, daqui a pouco não vamos poder ter a presença de pais, só a escola”, explicou.
“A selvageria, ignorância e falta de empatia dessa pessoa foi absurda. A atitude dele foi ridícula, ele sabe o que fez, fica aqui nosso repúdio, pela atitude desse pai e a gente quer sim que a notícia rode, aqui na FMD tem transparência, a gente quer a coisa certa”, encerrou.
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