Assunto retratado recentemente por A Gazeta, a atuação de golpistas se passando por advogados – e até por juízes – sofreu um baque nesta semana. Na quinta-feira (22), uma operação-conjunta entre a Polícia Civil de Santa Catarina, a Polícia Civil do Ceará e o Ministério da Justiça e Segurança Pública culminou no cumprimento de 56 mandados de busca e apreensão e no bloqueio de ativos financeiros.
Denominada “Operação Falso Advogado”, a ação desencadeada na Região Metropolitana de Fortaleza/CE objetivou desarticular uma organização criminosa que entrava em contato com as vítimas – residentes em Santa Catarina –, se passando por membros de escritórios de advocacia e informando que havia “valores a receber”, sendo necessária, para isto, a antecipação de valores a título de taxas e emolumentos.
O presidente da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Bento do Sul, Maurício Willemann, explicou que entre 15 e 20 ocorrências já haviam sido registradas no município. Com a repercussão que o tema tomou – e principalmente após a operação –, os casos caíram praticamente a zero.
Conforme Willemann, com o trabalho policial e do ministério, será possível ter informações mais claras sobre o ocorrido. Mas, a princípio, trata-se do mesmo grupo criminoso que estava lesando cidadãos catarinenses.
Segundo o presidente da Subseção da OAB, cuja sede fica no bairro Schramm, os golpistas agiam, por exemplo, com a utilização da foto de um advogado em um número de WhatsApp, contatando clientes de escritórios e afirmando que “valores em fase de liberação” só poderiam de fato ser liberados se um pagamento fosse feito.
Os golpistas também agiam argumentando que havia custos do processo que deveriam ser quitados, ludibriando clientes. Conforme Willemann, é importante que as pessoas estejam atentas, inclusive procurando seus advogados ou escritórios pessoalmente caso se sintam desconfiadas. Quem por ventura foi – ou for – enganado deve procurar a delegacia e registrar um Boletim de Ocorrência.
Prejuízos
Somando os prejuízos sofridos por diferentes vítimas, os valores ultrapassam os R$ 3,5 milhões em todo o Brasil. Durante a operação, que contou com o trabalho de 200 policiais civis do Ceará e 16 de Santa Catarina, houve apreensão de aparelhos eletrônicos que serão analisados para a finalização das investigações.
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