Saíram os dados mais recentes da Pesquisa Trimestral de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), englobando o período de outubro a dezembro de 2023. Segundo o levantamento, diminuiu o percentual de famílias endividadas em todos os municípios participantes, inclusive em São Bento do Sul. A pesquisa revela que, no caso são-bentense, 77,8% têm dívidas, total que já foi maior, tendo chegado a 84,3% no primeiro trimestre do ano passado.
De maneira geral, se o consumidor consegue pagar o que deve, ele é considerado um endividado. “Deve-se ressaltar que o nível de endividamento por si próprio não é um mal para a economia, uma vez que consumidores mais seguros de sua situação econômica fazem uso de crédito e compram de forma parcelada. O problema surge quando os endividados não conseguem honrar seus compromissos, passando assim para o grupo dos inadimplentes”, destaca a análise da pesquisa.
Os dados disponibilizados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) apontam que caiu o total de inadimplentes são-bentenses do terceiro para o quarto trimestre, de 32,4% para 30,2%. No período de janeiro a março de 2023, este índice bateu os 34%.
Apesar de melhora do resultado municipal, a entidade ressalta que a taxa de inadimplência no município permanece em “níveis preocupantes”. Diferentemente do endividado, o inadimplente passa a ser assim considerado quando tem dívidas em atraso.
Para a entidade responsável pelo levantamento, a elevada inadimplência em Santa Catarina pode ser decorrente, em certo grau, da queda da renda do consumidor catarinense, influenciada, por exemplo, pela inflação, pelas perdas salariais e pelos reajustes de alíquotas tributárias, fatores que podem impedir que orçamentos familiares sejam suficientes para honrar compromissos assumidos.
Sem condições
A PEIC ainda expõe que 12,9% das famílias de São Bento do Sul afirmaram, durante a obtenção de dados, que não têm condições de pagar suas dívidas. Nesse quesito, os resultados já foram piores, conforme o levantamento, chegando a 13,8% nos dois trimestres anteriores.
O nível de “atenção” nesse quesito é de 10%, afirma a Fecomércio, que também coletou informações em Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Joaçaba, Joinville e Lages.
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