Quase 65% do lixo que vai ao Aterro Sanitário poderia ser reciclado

Estudo também mostra que há muito plástico misturado com o lixo que vai para o aterro

• Atualizado 2 meses atrás.

No final do ano passado, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) realizou uma análise gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos de São Bento do Sul destinados ao Aterro Sanitário. Esse estudo, conduzido por meio da Transresíduos, possibilita um melhor entendimento e também deve auxiliar no aprimoramento do gerenciamento e para o impulso de projetos relacionados a área.

O resíduo que apresentou maior percentual foi o orgânico (35,1%), em seguida o plástico (27,8%), têxtil (18,5%), papel/papelão (10,6%) e em menores quantidades o vidro (3,6%), metal (3,5%) e outros (0,8%). Ou seja, isso mostra que, embora o sistema de coleta seletiva seja eficiente na cidade, ainda assim grande parte do material que é destinado ao aterro poderia ter um melhor aproveitamento.

O resultado, segundo o chefe de Resíduos Sólidos Urbanos da autarquia, Paulo Schwirkowski, está dentro da média nacional. Já capitais e grandes áreas urbanas possuem um índice maior de orgânico porque as hortas acabam se tornando mais raras.

Ele também lembra que o porcentagem em relação a reciclagem é de 9% em São Bento, estando bem acima da média do país, que se encontra em 1 a 2%. “Já estamos muito avançados e esse estudo mostra que mais coisas ainda poderiam ser recuperadas”, comenta.

Estratégias
Uma das estratégias do Samae com esse estudo de gravimetria é fomentar e impulsionar cada vez mais os projetos Câmbio Verde e Recicla São Bento a fim de diminuir a presença de recicláveis misturados aos resíduos orgânicos. Além disso, a autarquia retomará a operação da Usina Processamento de Resíduos (UPR) em fevereiro, isto é, mais um importante meio para processamento e beneficiamento dos materiais.

“A legislação brasileira fala que antes de enterrar o lixo, é preciso fazer todo um esforço para separação e aproveitamento energético. E nós estamos trabalhando fortemente nisso. O plástico que está no aterro, por exemplo, é energia, petróleo, e tem alto valor agregado”, declara.

Outra proposta envolve a criação de um novo espaço que funcionará como uma central de triagem especializada em materiais recicláveis. “Vamos retirar o material bom, destiná-los às cooperativas, e separar também aquilo que é interessante para valorização energética”, explica.

Dessa forma, o Samae consegue atuar em todas as frentes, sem contar que a usina em operação garantirá a geração de biogás e compostagem. “Estamos empenhados para que São Bento seja referência em reciclagem. A meta é ousada, mas basta vontade, interesse e correr atrás”, ressalta.


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