Terça-feira, 22 de abril de 2025

Advogado do Belem explica as razões para fechamento das atividades e tira dúvidas

Por mais de duas décadas o supermercado foi referência no comércio local, mas fechou as portas em dezembro

• Atualizado 18 dias atrás.

O encerramento das três unidades do Supermercado Belém em São Bento do Sul pegou a comunidade local de surpresa, no começo de dezembro, gerando diversas especulações sobre os motivos por trás dessa decisão. Por mais que fosse notado que nas unidades não houvesse mais reposição de mercadorias, não era esperado que todas as lojas do grupo fechassem as portas.

Em busca de esclarecimentos, a reportagem de A Gazeta entrou em contato com a gestão do Belem, que, por meio do advogado especializado em direito empresarial, Angelo Santos Coelho, explicou as razões principais para o encerramento das atividades. “Fui contratado pela diretoria e conduzi uma análise da situação. Identifiquei a necessidade de reorganização devido ao crescimento desordenado e aos vultosos investimentos dos sócios, resultando em um déficit financeiro nas unidades que estavam operando no vermelho. Sugerimos a redução das operações para, posteriormente, planejar um novo crescimento e expansão”, detalhou o advogado.

Angelo também esclareceu que, após a decisão de encerrar as atividades, houve o remanejamento de pessoal, mantendo apenas as unidades de Mafra (SC) e Rio Negro (PR). “Apesar das dificuldades, honramos nossas obrigações com os colaboradores dessas unidades, assegurando o pagamento de salários, férias e décimo terceiro. A empresa está passando por um processo de profissionalização, reformulando toda a estrutura para atingir um tamanho adequado”, destacou.

Pagamento aos funcionários
Cristiane Vieira era uma das colaboradoras do Belem e lamentou o fechamento da unidade em que atuava. “Fiquei no mercado por mais de 2 anos. Fui demitida em dezembro e agora estou aguardando o pagamento da minha rescisão que ainda não ocorreu”, lamenta.

Questionado sobre a situação dos colaboradores de São Bento, o advogado assegurou que todas as obrigações serão cumpridas, inclusive uma reunião com o sindicato está marcada para amanhã.

“Iniciamos as negociações com o sindicato, mas em dezembro enfrentamos o desafio de quitar duas folhas salariais. Pagamos os funcionários ativos, mas suspendemos temporariamente alguns acordos. Retomaremos as negociações com os representantes do sindicato, visando cumprir todas as obrigações com esses colaboradores e fornecedores. Os pagamentos serão regularizados a partir de janeiro. Tivemos que atravessar novembro e dezembro para quitar ambas as folhas, incluindo o décimo terceiro, mas todos os direitos trabalhistas serão respeitados”, ressaltou.

Em contato com a assessoria de imprensa do Sindicato dos Empregados no Comércio de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre (Sindicom) foi repassado que os trabalhadores de Rio Negrinho, onde a unidade também fechou as portas em agosto, têm a receber ainda duas parcelas finais dos acordos. Já em São Bento do Sul há datas e parcelamentos diferenciados.

“Algumas rescisões de menor valor foram pagas à vista, outras parceladas em quantidade e datas diferentes”, explicou o dirigente sindical, Pedro Amancio.

Segundo Pedro, mesmo com atraso de alguns dias a empresa está cumprindo em parte os acordos. “Não há como obrigar o pagamento pela empresa. No atual momento, o Sindicato pode oferecer aos trabalhadores assessoria jurídica para cobrança judicial e tentar sensibilizar a empresa a cumprir, como estaremos fazendo nos próximos dias”, disse.

Destino dos pontos comerciais
Quanto aos locais onde as lojas estavam situadas – no bairro Boehmerwald, Cruzeiro e Centro -, os equipamentos internos estão sendo transferidos para a unidade de Mafra. Além disso, haviam rumores de negociações com outras redes de supermercados para ocupar esses espaços, porém nada foi confirmado pelo grupo neste o momento.

“Essas unidades contam com equipamentos modernos e em bom estado, não podemos deixá-los sem utilização. Também é possível que esses locais mudem de finalidade, deixando de ser supermercados para se tornarem fonte de renda através do aluguel para outra atividade. Para isso, precisamos retirar os equipamentos que são próprios do supermercado”, concluiu o advogado do Grupo Belem, Angelo Santos Coelho.

Conforme repassado, os prédios do Centro (antigo Vó Lice) e Boehmerwald eram próprios do Grupo, já a estrutura no bairro Cruzeiro era alugada.


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