Segunda-feira, 21 de abril de 2025

Cordão Tulipa Vermelha é usado para identificar pessoas com Parkinson

Faixa com desenhos de tulipas vermelhas ajudará na conscientização e respeito com as pessoas

• Atualizado 18 dias atrás.

De perto, o cordão vermelho atrai todos os olhares. Quem vê, se admira pelo acessório, com várias flores da espécie tulipa estampadas nele. E não é apenas uma peça decorativa, mas sim com um significado especial. Recentemente, foi sancionada a lei do “Cordão Tulipa Vermelha”, que tem como objetivo auxiliar na identificação de pessoas com a doença de Parkinson no município.

A ação visa garantir atendimento preferencial, receber suporte específico e até mesmo reforçar o cuidado e respeito, evitando constrangimentos devido à condição.

Conforme a presidente da Associação Norte Catarinense Portadores de Parkinsonismo, Ilca Margarida Prass, o tremor ainda é o sintoma mais reconhecido, mas a doença também pode afetar outras regiões do corpo, como dificuldades para andar. “Alguns usam andador, ficam travado, outras tremendo, e as pessoas olhando sem saber o que é. Inclusive um colega nosso que faleceu foi taxado de bêbado”, conta.

O cordão foi entregue na semana passada para os integrantes da associação. E não há erros para reconhecê-lo, sendo uma faixa estreita de tecido vermelho com desenhos de tulipas. Além disso, pode ser colocado um crachá com informações úteis, que ficará a critério do portador ou dos seus responsáveis.

Participe
Cerca de 20 pessoas participam da Associação Norte Catarinense Portadores de Parkinsonismo. Os encontros acontecem toda quarta-feira, das 14 às 16 horas, na Rua Wolfgang Amon, 168, no Centro. Lá, os participantes podem compartilhar suas experiências, alegrias e superações.

Também estão disponíveis fonoaudiólogo e fisioterapeuta. “O que a gente procura é fazer exercícios, que uma das coisas mais importantes do Parkinson é se mexer”, menciona Ilca. Além disso, tem vários momentos de distração, como café da tarde e música.

Nilman Postai descobriu que tinha Parkinson há quatro anos. Primeiro começou com os tremores, depois fraqueza e até mesmo a depressão. “Não conhecia ninguém da minha família que tinha, até que conheci a dona Ilca, que me convidou a participar da reunião, vim e amei. Não falto uma vez, me ajudou no andar, no falar, antes era bem tímida, agora fiquei mais espontânea, para mim melhorou tudo, adoro vir aqui, cantar e falar com as amigas, então, se puder vir, que venha, porque é muito bom”, garante.

Quem também participa dos encontros é a Edith Maria Pscheidt, que mora em Rio Negrinho. Diagnosticada com Parkinson há 18 anos, ela tem dificuldades para se locomover e manter o equilíbrio, precisando do auxílio de andador. “Melhorou bastante minha vida, se soubesse tinha vindo antes”, acrescenta.

Quem tem a doença e deseja participar dos encontros, até mesmo adquirir o cordão tulipa vermelha, pode entrar em contato através do (47) 99652-5087 ou comparecer no local, na quarta-feira, das 14 às 16 horas, na rua da Caixa Econômica. O último encontro do ano será em 13 de dezembro.

Sobre o Parkinson
A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no mundo, atrás do Alzheimer. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem aproximadamente 4 milhões de pessoas no mundo com a doença, o que representa 1% da população mundial, a partir dos 65 anos.

Com o aumento da expectativa de vida e envelhecimento da população, o número pode dobrar até 2040. No Brasil, a estimativa é de 200 mil pessoas vivam com a enfermidade.

Trata-se de uma doença crônica e progressiva no Sistema Nervoso Central, com acometimento motor característico. Costuma-se manifestar aos 60 anos, mas podem iniciar antes dos 40, condição denominada parkinsonismo de início precoce. Sua origem não é bem definida e supõe-se fatores genéticos e ambientais, estresse oxidativo, entre outros.


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