Sexta-feira, 6 de junho de 2025

Médico é afastado do hospital por mensagem de WhatsApp após 18 anos trabalhando em Rio Negrinho

O motivo seria a não concordância do médico com a nova gestão
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• Atualizado 2 meses atrás.

 

“Após 18 anos fazendo plantão, fui afastado por WhatsApp. Me pegou de surpresa”. O relato é do médico Milton Martens, que recebeu um comunicado informando seu desligamento da Fundação Hospitalar Rio Negrinho após quase duas décadas de trabalhos prestados.

O desligamento do clínico geral acontece na mesma semana em que duras críticas foram feitas à forma de condução dos trabalhos do hospital, vindas em especial na Câmara de Vereadores, onde os vereadores Arlindo André da Cruz, o Piska, e Ineir Miguel Mittmann, o Kbelo, foram os mais enfáticos.

Com relação ao médico afastado do plantão de urgência e emergência, os motivos estariam relacionados à discordância dele com a forma como vem ocorrendo a gestão da Fundação Hospitalar, agora feita pelo Instituto Maria Schmidt (IMAS). “Os motivos reais eles não me passaram oficialmente, mas de fato é por eu não concordar com a forma que a nova gestão da Fundação Hospitalar Rio Negrinho, subentende-se IMAS, está procedendo com as cirurgias eletivas”, disse o médico para A Gazeta.

Outro motivo elencado pelo profissional seria o fato de ele não concordar com os valores oferecidos pelos procedimentos cirúrgicos, os quais teriam sofrido uma redução em mais de 40%, do último contrato vigente.

Ainda de acordo com o médico, ele recebeu um e-mail informando a rescisão contratual entre o hospital e sua empresa, a MCL Clínica Médica. “Esse é o PJ (Pessoa Jurídica), pois o hospital não assina convênios com pessoas físicas para evitar vínculos empregatícios, assim todo médico precisa ter uma PJ”, explica Martens.

Na Câmara
Piska chegou a afirmar que a Fundação Hospitalar estaria se tornando um açougue, pois moradores têm relatado pioras no quadro de saúde após a realização de cirurgias eletivas. “De cinco cirurgias, três precisaram remover as próteses”, citou ele. Ele frisou ainda que o povo não tem que ser tratado como cobaia para médicos novos virem aprender a fazer cirurgia no município. Já Kbelo lembrou que uma das principais queixas na unidade de saúde, que era a demora para o atendimento a população, continua o mesmo, senão pior.

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