Sexta-feira, 13 de junho de 2025

6 dicas para evitar os vícios de linguagem

Veja como garantir uma comunicação mais eficiente, seja em textos acadêmicos, profissionais ou no cotidiano

• Atualizado 3 dias atrás.

menino de camiseta verde sentado com caneta perto da boca e olhando para livro aberto em cima de mesa
Os vícios de linguagem podem ser evitados com alguns cuidados (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A | Shutterstock)

Celebrado em 10 de junho, o Dia da Língua Portuguesa é uma oportunidade para refletir sobre a riqueza e a importância do idioma que une quase 300 milhões de falantes no mundo. No entanto, mesmo com sua vasta tradição, o português enfrenta desafios diários, especialmente no que diz respeito aos vícios de linguagem, aquelas expressões ou repetições que podem comprometer a clareza e o impacto da comunicação.

Para Silvia Torreglossa, professora do curso de Pedagogia e Comunicação da Faculdade Anhanguera, os vícios de linguagem podem ser um problema quando se tornam rotina e prejudicam a compreensão ou transmitem uma imagem de descuido. “Vícios como o pleonasmo vicioso, o uso excessivo de clichês ou gírias, cacofonia, ambiguidade podem tornar uma mensagem confusa ou cansativa”, explica.

Ela destaca que, apesar de comuns, os vícios de linguagem precisam ser identificados e trabalhados para garantir uma comunicação mais eficiente, seja em textos acadêmicos, profissionais ou no cotidiano. “Dominar a língua é também saber reconhecer e evitar os equívocos que enfraquecem o discurso”, afirma.

Vícios de linguagem mais comuns

Entre os vícios de linguagem mais frequentes, estão:

  • Autologia: em contextos de linguagem e estilo, consiste em repetir ideias desnecessariamente, como em “subir para cima”, “conclusão final” ou “entrar para dentro”;
  • Cacofonia: junção de palavras que cria sons desagradáveis ou engraçados, por exemplo “me dá uma mão”, prejudicando a fluidez do texto;
  • Ambiguidade: quando frases podem ser interpretadas de mais de uma forma, confundindo o receptor;
  • Gerundismo: uso exagerado do gerúndio, como em “vou estar fazendo” em vez de “farei”.

Silvia Torreglossa lembra ainda que o conhecimento sobre a língua deve ser aliado à flexibilidade, já que a linguagem é viva e passa por constantes transformações. “Saber quando e como usar expressões de forma adequada faz toda a diferença para uma comunicação clara e eficiente, respeitando as normas e o contexto”, destaca.

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Os vícios de linguagem podem ser evitados com alguns cuidados (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A | Shutterstock)

Dicas para evitar os vícios de linguagem

Abaixo, a professora lista algumas dicas para evitar os vícios de linguagem. Confira!

1. Evite repetições desnecessárias

Frases como “entrar para dentro” já trazem a ideia implícita, não precisa reforçar.

2. Cuidado com os clichês

Expressões muito usadas perdem força e originalidade, aposte em linguagem simples e direta.

3. Não abuse do gerúndio

Prefira “farei” ao invés de “vou estar fazendo”, para deixar o texto mais enxuto e objetivo.

4. Fique atento à ambiguidade

Reveja suas frases para garantir que não podem ser interpretadas de formas diferentes.

5. Atente-se ao uso de gírias

Existem contextos em que o uso é aceitável. Contudo, em produções formais, como uma redação, as gírias devem ser utilizadas apenas quando estiverem justificadas pelo contexto.

6. Evite sons estranhos (cacofonia)

Às vezes a junção de palavras gera sons desconfortáveis, prejudicando a fluidez da fala ou da escrita.

“Dominar a língua não se resume à memorização de regras gramaticais, mas envolve compreender seu uso adequado, de modo que o fenômeno da comunicação aconteça de forma clara e eficiente, ou seja, que a mensagem seja compreendida, sempre respeitando o contexto”, conclui Silvia Torreglossa.

Por Bianca Lodi Rieg


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