5 mitos sobre a constelação familiar

Método busca revelar e ressignificar padrões repetitivos que provocam bloqueios ou sofrimento nos descendentes

• Atualizado 1 meses atrás.

homens e mulheres reunidos em círculo e com os olhos fechados
A constelação trabalha com as imagens internas que a pessoa carrega sobre a família (Imagem: Rido | Shutterstock)

A constelação familiar é uma abordagem terapêutica criada pelo alemão Bert Hellinger na década de 1990. O método une fundamentos da psicologia sistêmica, da filosofia e da observação fenomenológica para investigar dinâmicas familiares que se repetem ao longo do tempo.

A técnica parte da ideia de que traumas, conflitos e sofrimentos vividos por antepassados podem ser transmitidos inconscientemente entre gerações, influenciando o comportamento e as emoções dos descendentes.

Com uma proposta que busca revelar e ressignificar esses padrões repetitivos que provocam bloqueios ou sofrimento nos descendentes, a constelação familiar lida com questões profundas e emocionais, o que contribui para a criação de mitos e interpretações equivocadas sobre a abordagem.

Abaixo, a terapeuta integrativa Michelle Salotto esclarece os principais mitos sobre a constelação familiar. Confira!

1. Constelação familiar é religião

Mito. A constelação familiar não tem nenhuma ligação religiosa. “Embora muitos encontros tragam uma atmosfera de introspecção, a técnica é baseada em observações sistêmicas, e não em dogmas religiosos. Ela pode ser utilizada por pessoas de qualquer crença ou mesmo por quem não segue nenhuma religião”, explica Michelle Salotto.

2. A constelação familiar resolve todos os problemas da vida

Mito. A técnica não é mágica, e sim um instrumento de autoconhecimento e transformação. “Ela ajuda a enxergar padrões familiares inconscientes que se repetem e causam sofrimento, mas o processo de mudança exige consciência, ação e, muitas vezes, apoio complementar, como a psicoterapia tradicional”, afirma a terapeuta.

homens e mulheres reunidos em círculo e com os olhos fechados
A constelação trabalha com as imagens internas que a pessoa carrega sobre a família (Imagem: Rido | Shutterstock)

3. É preciso estar com a família presente para constelar

Mito. A sessão pode ser feita individualmente, com representantes ou símbolos. “A constelação pode ser feita de forma presencial ou online, com bonecos, objetos ou até por visualização. Não é necessário que os familiares estejam presentes fisicamente, pois o trabalho é com as imagens internas que a pessoa carrega sobre sua família”, esclarece.

4. A constelação é perigosa ou mexe com forças ocultas

Mito. O método é seguro e respeita os limites do cliente. “O que se movimenta na constelação são emoções, memórias e vínculos afetivos, muitas vezes inconscientes. Não há nada místico ou sobrenatural nisso. O terapeuta apenas conduz o cliente a uma nova percepção do seu sistema familiar”, comenta Michelle Salotto.

5. Os efeitos são imediatos

Mito. Os efeitos variam de pessoa para pessoa e podem levar tempo para se manifestar. “Em alguns casos, o cliente sente alívio imediato. Em outros, a mudança é mais sutil e se revela aos poucos, nas relações, nas decisões e na forma de lidar com a vida”, finaliza Michelle Salotto.

Por Henrique Souza


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