Ao menos 15 famílias em Rio Negrinho precisaram buscar abrigo após as águas atingirem suas residências. Até às 17 horas de quinta-feira (05), 14 delas estavam cadastradas no abrigo provisório montado na escola Professora Aurora Siqueira Jablonski e uma na escola Arnaldo de Almeida Oliveira. Um terceiro ponto, na escola Professora Selma Teixeira Graboski, está sendo mantido de sobreaviso caso seja necessário.
Conforme Matheus Guckert, secretário de Assistência Social no município, o primeiro abrigo foi montado assim que as primeiras famílias precisaram deixar seus lares.
“O acolhimento começou a acontecer a partir da primeira ocorrência. Num primeiro momento nós viabilizamos a escola Aurora Siqueira Jablonski, onde conseguimos o ginásio para colocação da mobília e algumas salas de aula em especial para o público prioritário, como melhor idade e crianças”, explicou.
Depois, com a lotação do primeiro abrigo, a secretaria abriu alojamento na escola Arnaldo de Almeida Oliveira, no bairro Industrial Sul.
“Houve a suspensão das aulas e abrimos as salas de aula para acolher familiares e sua mobília. Também está de sobreaviso a escola Selma. Toda a operação tem alguém da Assistência Social auxiliando, para que possamos colher as informações necessárias e preencher os formulários para a Defesa Civil”, frisou Matheus.
Um terceiro ponto de acolhimento chegou a ser montado na escola Padre Claudio Longen, no Pinheirinho, mas o bairro ficou ilhado.
“Lá não está funcionando, não conseguimos acesso. Só por intermédio de barco. Lá a comunidade do Pinheirinho está ilhada, mas não desabrigada. Estão todos com teto para repousar, são três mobílias guardadas (na escola). Não tem ninguém sem teto para dormir”, ressaltou Guckert.
Lar provisório
Na escola Aurora, conforme as assistentes sociais que realizavam cadastros dos moradores, 14 famílias buscaram pelo abrigo. Algumas ficaram na casa de familiares e deixaram suas mobílias no ginásio da escola, enquanto que outras precisam dormir no lar provisório montado nas salas de aula.
Alexandra Gonçalves Fernandes é uma destas moradores que precisou usar a escola como dormitório. Ela conta que está na escola com dois filhos e uma neta. “Cheguei aqui às 4 horas da madrugada. Moro ali perto do Tênis Clube faz uns cinco anos já. Essa é a primeira vez que precisei sair. Saí às pressas, com o pé ensopado dentro da água já. As coisas ficaram tudo dentro de casa”, lamentou.
Quem também precisa repousar na escola é José Adair da Silva Melo, sua esposa e duas crianças, Helloá de três anos e Esther de apenas 10 meses. Eles são moradores do bairro Quitandinha, ao lado do campo do Continental, e também saíram apenas com alguns móveis e roupas.
“A água já estava na cozinha. Um vizinho de cima que arrumou um caminhão. Foi de repente, só entrouxamos algumas roupas das crianças e saímos”, contou José. “Mas não podemos perder a esperança”, completou.
Já na escola Arnaldo, até a tarde de quinta-feira (05), apenas um casal procurou auxílio. Irineu Loureiro e sua esposa Luciana são de etnia Kaingang, naturais do Rio Grande do Sul. “Estamos aqui desde a semana passada, na rodoviária. A gente faz artesanato e vai vendendo. Quando saímos da rodoviária a água estava quase chegando já”, contou Irineu.
Adultos e crianças
Das 14 famílias que buscaram auxílio na escola Aurora, 25 são adultos e 11 são crianças, totalizando 36 pessoas. Destes 36, 11 deixaram seus pertences no ginásio escolar e buscaram apoio de familiares. Eles são moradores de bairros como Bela Vista, Alegre, Vila Nova e etc.
O Grêmio Estudantil e a comunidade escolar estão realizando uma campanha para arrecadar roupas para estes desabrigados. Caso seja necessário, a Assistência Social pode ser acionada pelos telefones (47) 3644-2233 ou (47) 3644-8239.
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