ALEXANDRE CARVALHO / JORNAL A GAZETA / ARQUIVO
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Julgamento ocorreu no Fórum de Rio Negro
MINISTÉRIO PÚBLICO
MP recorre da decisão do júri pelas mortes de Loir Dreveck e Genésio
Alexandre Carvalho - alexandre@gazetasbs.com.br | Piên
11/07/2022 - 16:32
A 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Rio Negro apresentou recurso contra a decisão do Tribunal do Júri realizado entre os dias 21 e 26 de junho, no Fórum de Justiça de Rio Negro. No julgamento, foram inocentados o ex-prefeito de Piên, Gilberto Dranka, e o ex-presidente da Câmara de Vereadores Leonides Maahs. Eles eram acusados por suposto envolvimento nos assassinatos do prefeito eleito em 2016, Loir Dreveck, e do técnico em segurança do trabalho, Genésio Almeida.
No recurso apresentado pelo promotor Juliano da Silva, foi anotado que a pena com relação aos julgados culpados, Amiton Padilha e Orvandir Pedrini, foi menor do que deveria ser aplicada. Além disso, o promotor, por meio de um Recurso de Apelação, solicitou que seja aberto prazo para apresentação das razões que justificam o apelo. Ainda no documento, o promotor responsável pelo caso elencou que a decisão do Conselho de Sentença foi manifestamente contrária às provas dos autos.
A informação foi confirmada junto a advogados que auxiliaram o Ministério Público na acusação. A Gazeta também apurou que os advogados de defesa de Amilton Padilha, que é apontado como autor dos disparos que vitimaram Loir e Genésio, bem como de Orvandir Pedrini, acusado como sendo o responsável por ter contratado Amilton, também recorreram da decisão com relação às sentenças. Amilton foi sentenciado a 48 anos de prisão, enquanto que Orvandir, conhecido como Gaúcho, pegou 36 anos de prisão e ambos tentam a redução.
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Conselho de Sentença
A Gazeta adiantou durante a cobertura do julgamento algumas situações que poderiam resultar na dissolução do Conselho de Sentença, neste caso os jurados. Uma delas foi o fato de um dos jurados, durante o interrogatório ao ex-prefeito Gilberto Dranka, ter feito vários elogios ao réu antes de fazer algumas perguntas.
O jurado em questão disse antes de fazer a pergunta ao ex-prefeito, que admirava a história de vida de Dranka. Para alguns advogados consultados por A Gazeta, tal fato já seria suficiente para anular o julgamento se a questão fosse contestada ainda durante o julgamento, pois colocava por terra toda a possibilidade de um júri imparcial.
Caso o juiz do Fórum de Justiça de Rio Negro acate o apelo para apresentação de um recurso solicitando a anulação do julgamento, caberá ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) decidir a questão, lembrando que as partes envolvidas ainda podem recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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